terça-feira, março 03, 2020

'Espero não ser surpreendido por um novo ataque ao parlamento', diz Alcolumbre a Bolsonaro

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Em uma conversa franca no início da tarde, no Palácio do Planalto, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), alertou o presidente Jair Bolsonaro de que era preciso pacificar a relação entre os poderes.

Em silêncio desde a semana passada, quando Bolsonaro compartilhou com correligionários um vídeo convocando para manifestações organizadas por grupos de direita que apoiam o governo, Alcolumbre solicitou uma conversa com o presidente da República. A intenção foi repassar a insatisfação do parlamento com o episódio.

A descoberta de que o vídeo tinha sido enviado por Bolsonaro a apoiadores, em um aplicativo de celular, gerou fortes protestos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), políticos e entidades da sociedade civil.

“Espero não ser surpreendido por nenhum novo ataque”, disse Alcolumbre, segundo informado ao blog. Em seguida, o presidente do Congresso completou: “Acredito que esteja tudo superado para que a gente possa finalmente avançar nas pautas econômicas.”.

No encontro, o presidente do Senado disse que preferiu se manifestar pessoalmente, em vez de dar declarações públicas. "Não se defende democracia pelas redes sociais. E nem se trata de assuntos de Nação pela internet", disse Alcolumbre.

Ele acrescentou que, mesmo com as cobranças internas do parlamento e da própria base, preferiu não falar à imprensa ou em redes sociais "para não agravar a crise".

Davi Alcolumbre também questionou Bolsonaro sobre o acordo para votar os vetos ao orçamento impositivo. O presidente da República avisou a articuladores que não aceitaria mais o acordo fechado em fevereiro, antes de a sessão do Congresso ser adiada.

“Queria saber se os seus ministros não passaram o acordo”, questionou o presidente do Senado. Diante disso, Bolsonaro disse que o que fosse acertado com os ministros estaria valendo.

A sessão conjunta do Congresso Nacional para a análise dos vetos está marcada para esta terça-feira (3). Nesta segunda, representantes do governo e do parlamento se reuniram para afinar os detalhes do acordo.

Fonte: G1

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