terça-feira, outubro 15, 2019

RN tem mais de 12 mil animais com padrão genético melhorado

O projeto Leite & Genética foi responsável, em sete anos, por melhorar o padrão genético de 12.214 animais bovinos tanto de corte quanto leiteiro. A iniciativa é desenvolvida pelo Sebrae no Rio Grande do Norte e executada pelo Instituto BioSistêmico (IBS). Em valores atuais de mercado, esses bovinos juntos equivalem a cerca de R$ 20 milhões. Isso porque o programa recorre a biotécnicas reprodutivas, como transferência de embriões e inseminação artificial, e análises do leite, de sanidade e do solo com acompanhamento de especialistas técnicos na fazenda de forma subsidiada. E assim aumenta a produtividade de pequenas propriedades no interior do estado. O projeto Leite & Genética é um dos atrativos do Espaço Sebrae Terroir, que está montado na 57ª Festa do Boi, no Parque Aristófanes Fernandes, em Parnamirim.

EMPÓRIO EXPÕE E COMERCIALIZA 31 BEZERROS RESULTANTES DO PROJETO LEITE & GENÉTICA, DO SEBRAE, NA FESTA DO BOI. FOTO: CANINDÉ SOARES

Durante o evento, o programa está novas adesões abertas para bovinocultores interessados em otimizar a produtividade, seja para produção de carne ou de leite. A expectativa é que até o próximo sábado o projeto inscreva pelo menos 20 novos produtores, que terão de executar o pacote de técnicas adquirido ainda em 2019. “Se analisarmos quantitativamente 12 mil animais não parece tão significativo diante do número de cabeças do rebanho potiguar, mas, do ponto de vista qualitativo, a gente percebe a melhoria do padrão de qualidade e produtividade dos currais nos últimos sete anos devido iniciativas como essa”, avalia o gestor do projeto, Acácio Brito.

Para os produtores que se interessarem conferir os benefícios que a iniciativa proporciona, o Sebrae montou na Fazenda do espaço um empório com 31 bezerros resultantes das ações do projeto, que estão à venda. Há animais das raças leiteiras Holandês, Gyr e Girolando. No caso dos animais voltados para corte, há bovinos Angus, Nelore e meio sangue Angus com Holandês, com preços variando entre R$ 4 mil e R$ 7,5 mil. A expectativa é que a comercialização dos animais gere algo em torno de R$ 200 mil pelos cálculos do gestor do projeto. “Além de mostrarmos os resultados do projeto, estamos dando a oportunidade de os produtores comercializarem seus animais na Festa do Boi”, enfatiza Acácio Brito

Além do empório, o projeto levou ao espaço do Sebrae a estrutura móvel que vai até a propriedade dos pecuaristas participantes do programa. Uma unidade da Vaca Móvel integrada apresenta para os visitantes todos os equipamentos utilizados nas análises do leite e também a parte do Rufião Móvel, com botijão de sêmen e aparelho de ultrassom. Tudo num único veículo. No espaço, também estão sendo feitas de diagnóstico de gestação e prenhez das vacas. Está programada também uma prática de inseminação artificial de uma matriz.

Marco Polo VerasNa Fazenda do Espaço Sebrae Terroir, estão ocorrendo demonstração de diagnóstico de gestaçãoNa Fazenda do Espaço Sebrae Terroir, estão ocorrendo demonstração de diagnóstico de gestaçãoAssociado aos atendimentos dos veterinários do IBS, todo esse aparato fica à disposição do criador para melhorar a qualidade do rebanho dos produtores integrantes do projeto. “O produtor tem um controle zootécnico apurado. Levamos para a inseminação o que há de melhor no mundo em termos de sêmen de touro, sem falar na vantagem de ter um veterinário com todos os equipamentos de um laboratório na propriedade”, destaca o coordenador do IBS para o Nordeste, Luiz Sartori.

Apenas neste ano, o projeto já inseminou 4.200 animais, dos quais a metade foi referente a gado de corte, cujos pacotes de inseminações foram contratados por 27 produtores. “Esse tipo de rebanho precisa de uma escala muito maior de animais. Neste ano, estão sendo atendidos pela iniciativa 153 pecuaristas, a maior parte das regiões Seridó e Trairi. No entanto, o projeto Leite & Genética já realizou uma avaliação ginecológica de 70 mil bovinos – mais de 13 mil somente nos dez primeiros meses de 2019.

No total, as técnicas foram responsáveis pela gestão de 11.234 bezerros via inseminação artificial em tempo fixo e outros 980 animais por meio da moderna técnica da fertilização in vitro. “O resultado desses números eleva o padrão de qualidade genética do gado do Rio Grande do Norte e aumenta a produção por cabeça. Tudo isso tem aquecido o mercado, justamente em função da qualidade obtida”, diz Luiz Sartori.

Fonte: Portal no ar

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