sábado, outubro 19, 2019

Polícia solta filho de 'El Chapo' depois que cartel aterroriza cidade mexicana

Homens fortemente armados cercaram as forças de segurança e aterrorizaram a população da cidade de Culiacán, no México, na quinta-feira (17), até que o governo concordasse em soltar Ovidio Guzman, um dos filhos do traficante Joaquín "El Chapo" Guzmán. Ao mesmo tempo, 56 presos se rebelaram e fugiram de uma cadeia da cidade. Oito pessoas morreram durante as ações.

Um ônibus incendiado na cidade de Culiacán, no México, em 18 de outubro de 2019 — Foto: Jesus Bustamante/Reuters
Um ônibus incendiado na cidade de Culiacán, no México, em 18 de outubro de 2019 — Foto: Jesus Bustamante/Reuters

O presidente Andrés Manuel López Obrador afirmou que concordou com a soltura. "Decidiu-se proteger a vida das pessoas, e eu estive de acordo com isso. Não se trata de massacres; a captura de um delinquente não pode valer mais do que a vida das pessoas", disse ele durante uma entrevista.

Policiais que faziam uma patrulha entraram em uma casa na cidade onde havia quatro homens, incluindo o filho de "El Chapo" – o próprio Ovidio é acusado de traficar drogas para os Estados Unidos.

Outros atiradores chegaram e cercaram ao local, e os policiais ficaram em minoria.

“A decisão tomada foi sair da casa sem Guzman, e tentar evitar mais violência na área, preservar a vida do nosso pessoal”, diz Durazo.
Enquanto a polícia estava na casa com o filho de El Chapo, criminosos atacaram membros das forças de segurança na cidade de Culiacán, de acordo com a agência Reuters.

Policiais que faziam uma patrulha entraram em uma casa na cidade onde havia quatro homens, incluindo o filho de "El Chapo" – o próprio Ovidio é acusado de traficar drogas para os Estados Unidos.

Outros atiradores chegaram e cercaram ao local, e os policiais ficaram em minoria.

“A decisão tomada foi sair da casa sem Guzman, e tentar evitar mais violência na área, preservar a vida do nosso pessoal”, diz Durazo.
Enquanto a polícia estava na casa com o filho de El Chapo, criminosos atacaram membros das forças de segurança na cidade de Culiacán, de acordo com a agência Reuters.

Caminhões incendiados em Culiacán, no oeste do México, durante operação para libertar Ovidio Guzman, filho de 'El Chapo', na quinta-feira (17) — Foto: STR/AFP
Caminhões incendiados em Culiacán, no oeste do México, durante operação para libertar Ovidio Guzman, filho de 'El Chapo', na quinta-feira (17) — Foto: STR/AFP
Eles atiraram contra viaturas, soltaram presos, incendiaram veículos e ao menos um posto de gasolina.
Cinco dos responsáveis pelo ataque, um membro da Guarda Nacional, um civil e um presidiário morreram durante troca de tiros, segundo o secretário de Defesa, Luis Cresencio Sandoval. Ele disse ainda que sete integrantes de forças de segurança ficaram feridos e oito foram feitos reféns, mas acabaram liberados sem ferimentos.

A reação à captura de Ovidio foi considerada uma ação violenta até para os parâmetros da disputa entre polícia e traficantes no México.

Nem mesmo quando El Chapo foi preso houve ataque como o desta semana.


Os moradores de Cualiacán se protegeram em shopping centers e supermercados enquanto havia trocas de tiros na cidade. Nuvens de fumaça eram vistas no horizonte.

E, segundo o secretário de Segurança Pública de Sinaloa, Cristóbal Castañeda, 56 prisioneiros de uma cadeia local aproveitaram o caos para escapar e capturaram dois guardas, que foram depois libertados. Nesta sexta, 49 dos presos ainda continuavam foragidos.

Cartel de Sinaloa
"El Chapo" e seu filho pertencem ao cartel de Sinaloa, considerado o maior do mundo. A presença do narcotraficante na região o fez ser reconhecido como um Robin Hood por alguns moradores do estado, mas o criminoso era considerado impiedoso com rivais.

Mesmo com a queda de Chapo, o cartel de Sinaloa tinha, no ano passado, a maior distribuição nos Estados Unidos, de acordo com o órgão de repressão às drogas americano.

Fonte: G1

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