Ao menos 15 pessoas morreram neste sábado (19) após o colapso de uma barragem em uma mina de ouro na região siberiana de Krasnoyarsk, informou o Ministério de Situações de Emergência da Rússia.
Rompimento da barragem em Krasnoyarsk, na Sibéria, deixa rastro de destruição — Foto: Russian Emergencies Ministry in Krasnoyarsk Region/Handout via Reuters
Outras 6 pessoas ainda estão desaparecidas e 16 operários foram hospitalizados, quatro deles em estado grave, segundo a AFP.
O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou assistência às vítimas e a identificação das causas do acidente, anunciou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
De acordo com o ministério, 270 profissionais trabalham nas operações de busca e salvamento, um trabalho muito complicado porque a mina fica na localidade isolada de Shchetinkino, ao sul da cidade de Krasonyarsk.
Os trabalhadores morreram com o colapso da estrutura no rio Seiba, inundando as instalações onde viviam aproximadamente 80 trabalhadores, cerca de 4 mil km a leste de Moscou, segundo o governador de Krasnoyarsk, Alexander Uss. As autoridades calculam que 180 pessoas vivem na área da mina de ouro.
A ministra da Saúde da Rússia, Veronika Skvortsova, coordena a ajuda aos feridos. Uma equipe médica foi enviada para o local.
As autoridades decretaram um dia de luto na segunda-feira para a região de Krasnoyarsk.
Um funcionário da mina, não identificado, declarou à rádio moscovita Govorit Moskva que a ruptura da represa aconteceu de forma repentina. "As pessoas estavam dormindo, ao que parece nem entenderam o que estava acontecendo", disse.
O funcionário disse que existiam quatro represas similares na região, construídas há pouco mais de três anos, e que já haviam sido registradas pequenas fissuras.
De acordo com a RFI, a barragem é ilegal. Autoridades russas, que não sabiam da existência da construção, afirmaram que a barragem não respeitava os regulamentos. Uma investigação criminal foi aberta por violação de regras de segurança.
A represa foi construída violando "todos os padrões", disse Yuri Lapchin, chefe do governo regional, na televisão. A barragem pertencia à holding russa Sibzoloto, que ainda não se pronunciou sobre o acidente.
Em agosto de 2009, um acidente na usina hidrelétrica de Saïano Shushenskaya, a maior do país, na região de Khakassia, na Sibéria, deixou 75 mortos. Equipamentos antigos e falhas humanas foram apontados como causas da tragédia.
Acidentes desse tipo na Rússia são ligados à negligência na aplicação de padrões de segurança, má administração e equipamentos ainda do regime soviético.
Rompimento da barragem da mina de ouro em Krasnoyarsk — Foto: Russian Emergencies Ministry in Krasnoyarsk Region/Handout via Reuters
Fonte: G1
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