quarta-feira, agosto 28, 2019

Dodge pede arquivamento de mais um inquérito sobre Renan na Lava Jato

Resultado de imagem para Dodge pede arquivamento de mais um inquérito sobre Renan na Lava JatoA procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu o arquivamento de mais um inquérito aberto no âmbito da Operação Lava Jato para investigar o senador Renan Calheiros (MDB-AL). Segundo Dodge, não foram localizadas "provas contundentes" da participação do parlamentar em crimes.

O pedido será analisado pelo relator da Lava Jato no Supremo, ministro Luiz Edson Fachin.

O inquérito foi aberto em março de 2016 para apurar fatos citados na delação premiada de Carlos Alexandre de Souza Rocha, o Ceará, auxiliar do operador financeiro Alberto Yousseff.

Ceará disse que, em 2014, Yousseff ordenou que ele levasse R$ 1 milhão para Renan em um hotel de Maceió (AL).

Ao pedir o arquivamento, Dodge afirmou que, após diversos depoimentos, verificou-se que o pagamento de R$ 1 milhão seria pela atuação na obra Canal do Sertão, mas os elementos apontam para o beneficiamento de outras pessoas, não de Renan Calheiros.

"Em relação ao senador investigado, forçoso reconhecer que a apuração não reuniu até o momento suporte probatório mínimo que ampare o oferecimento da denúncia. A narrativa do colaborador Carlos Alexandre de Souza Rocha de que os valores entregues em Maceió seriam direcionados ao Senador Renan Calheiros não foi confirmada por elementos de convicção", afirmou a procuradora.


Segundo Raquel Dodge, o próprio Yousseff negou ter afirmado que o dinheiro seria para Renan. Ela acrescenta que a coleta de provas não demostrou ligação de Renan com o recebimento do dinheiro.

"Assim, cumpridas todas as diligências solicitadas pela Procuradoria Geral da República, sem a reunião de provas contundentes da participação do parlamentar no evento criminoso, a única providência cabível é o arquivamento", frisou.

Dodge pediu que os autos sigam para a Justiça Federal em Alagoas porque, em delação premiada, o executivo da OAS José Ricardo Breguirolli apontou que a propina teria sido solicitada por um dirigente da empresa em Alagoas. Segundo ela, é preciso verificar o destino desses valores.

Considerando esse caso, Renan Calheiros é alvo de treze procedimentos no Supremo, sendo 12 inquéritos e uma pré-apuração. Em dois casos já foi denunciado, mas ainda não virou réu.

Seis inquéritos na Lava Jato contra o senador já foram arquivados por falta de elementos. Se o Supremo prosseguir com o arquivamento pedido por Dodge, será o sétimo na Lava Jato envolvendo o senador.

Além disso, outros três casos de temas diferentes foram arquivados recentemente, uma ação penal e um inquérito sobre o episódio envolvendo a jornalista Mônica Velloso e outro inquérito na Operação Zelotes, que apurou fraudes no Carf (o tribunal de recursos da Receita).

Fonte: G1

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