segunda-feira, março 11, 2019

Agência dos EUA diz não haver, até o momento, relação entre queda de Boeing 737 Max na Etiópia e acidente na Indonésia

A FAA, agência federal de aviação dos Estados Unidos, informou não haver, "até o momento", relação entre a queda do Boeing 737 Max 8 na Etiópia, no domingo (11), e o acidente com o avião do mesmo modelo da Lion Air, na Indonésia, em 29 de outubro de 2018.

Oficiais da polícia federal da Etiópia trabalham no local onde o avião do voo ET 302 da Ethiopian Airlines caiu, perto da cidade de Bishoftu, perto da capital Addis Abada — Foto: Tiksa Negeri/Reuters
Oficiais da polícia federal da Etiópia trabalham no local onde o avião do voo ET 302 da Ethiopian Airlines caiu, perto da cidade de Bishoftu, perto da capital Addis Abada — Foto: Tiksa Negeri/Reuters

O acidente na Etiópia, no qual 157 pessoas morreram, foi o segundo com o 737 Max 8 desde que entrou em operação comercial, em 2017.

"Relatos externos estão apontando similaridades entre esse acidente e o acidente com o voo 610 da Lion Air, em 29 de outubro de 2018. No entanto, esta investigação acaba de começar e, até esta data, não foram fornecidos dados para tirar conclusões ou tomar quaisquer ações", diz a FAA.

Ainda assim, a agência informou que irá determinar que a Boeing faça modificações nos modelos 737 MAX 8 e 737 MAX 9, inclusive no sistema de controle MCAS. A fabricante de aeronaves americanas deve cumprir a demanda "no mais tardar em abril", assegurou a FAA, que decidiu não determinar que seja deixada em solo a frota de 737 MAX 8.

O comunicado foi enviado nesta segunda (11) a 59 companhias aéreas e operadores em todo o mundo que usam o 737 Max 8 e 737 Max 9, ambos da americana Boeing. A FAA é a agência responsável por certificar esse modelo de avião; ela tem poder, por exemplo, de determinar a paralisação de voos nos Estados Unidos dos Boeing 737 Max - o que seria seguido por outras autoridades de aviação no mundo.

Há 387 Boeings 737 Max no mundo, 74 dos quais nos Estados Unidos, de acordo com o documento da FAA. No Brasil, são sete aeronaves, todas da Gol, em rotas para os Estados Unidos, América do Sul e Caribe, preferencialmente. A companhia suspendeu o uso delas temporariamente nesta segunda-feira.


A empresa disse ao Bom Dia Brasil que acompanha as investigações sobre o acidente.

Outras empresas operam esse modelo em rotas que incluem o Brasil, como a Aerolíneas Argentinas, por exemplo, de acordo com a Boeing.

Equipe com investigadores retira nesta segunda-feira (11) pneu do local do acidente com voo da Ethiopian Airlines Bishoftu  — Foto: Tiksa Negeri/ Reuters
Equipe com investigadores retira nesta segunda-feira (11) pneu do local do acidente com voo da Ethiopian Airlines Bishoftu — Foto: Tiksa Negeri/ Reuters

Uso suspenso
Após o acidente deste final de semana, o uso de aeronaves Boeing 737 MAX 8 foi suspenso em diferentes países, mesmo sem a determinação nesse sentido da FAA.

Autoridades de aviação da China e da Indonésia ordenaram que as companhias aéreas suspendessem a utilização dos aviões do modelo. Ethiopian Airlines (empresa etíope proprietária da aeronave que caiu), Cayman Airways (das Ilhas Cayman), Comair (África do Sul) e Royal Air Maroc (Marrocos) anunciaram que também interromperam a utilização de seus Boeing 737 MAX 8.

Fonte: g1

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