segunda-feira, outubro 01, 2018

Avião de empreiteira de Mossoró teria transportado R$ 6 mi a pedido de Lula

Um avião Cirrus a serviço da empreiteira CLC (Construtora Luiz Carlos), de Mossoró, teria transportado R$ 6 milhões, a mando do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, para o deputado Weverton Rocha (PDT-MA), candidato ao Senado. A denúncia foi feita pela revista ISTOÉ.

AERONAVE CAIU EM BOA VIAGEM, CE (FOTO: REPRODUÇÃO)

De acordo com a publicação do último dia 28 de setembro, Lula havia recebido informações de que a candidatura de Ciro Gomes à presidência da República pelo PDT ganhava corpo no Maranhão. Da cela da Polícia Federal, onde está preso desde 7 de abril, o ex-presidente teria articulado o apoio ao candidato dele, Fernando Haddad, do PT.

“O governador Flávio Dino (PCdoB), apesar de integrar a base aliada do PT, trabalhava com afinco para empinar a candidatura de Ciro. Até que Dino foi procurado pelo deputado José Guimarães (PT-CE), a quem coube repassar-lhe a orientação de Lula: que ele passasse a se dedicar a Haddad. ‘Dino tem que deixar de apoiar Ciro’, ordenou o petista da cadeia. Não parou por aí. Ao descobrir que um dos motores da candidatura de Ciro no Maranhão era o deputado Weverton Rocha (PDT-MA), candidato ao Senado, Lula, por meio de Gilberto Carvalho (ex-chefe de gabinete), destinou uma importante mensagem a Valdemar Costa Neto (preso do semiaberto). ‘Faça chegar dinheiro à campanha de Weverton Rocha’. O deputado, conforme informações colhidas por Lula da prisão, precisava de R$ 6 milhões para deslanchar sua campanha. Com o apoio de Maurício Quintella (ex-ministro, e atualmente candidato ao Senado pelo PR de Alagoas), Valdemar deflagrou a operação para o envio do dinheiro ao Maranhão” – diz a publicação.

De acordo com a ISTOÉ, “uma aeronave da Vokan Seguros, a serviço da CLC, foi quem cuidou do transporte do dinheiro do Ceará com destino a São Luís (MA). A CLC faz um trecho da BR-222, na região de Sobral (CE), uma obra do Ministério dos Transportes. No trajeto, percorrido no dia 14 de setembro, uma quase tragédia: o avião acabou caindo com o dinheiro a bordo na cidade de Boa Viagem (CE)”.

“Os recursos eram escoltados por um policial. Com o acidente, outros agentes foram ao local imaginando que a aeronave pudesse transportar drogas. Coube ao policial a bordo do Cirrus a tarefa de tranquilizar os colegas, dizendo-lhes que não se preocupassem com a ocorrência, pois ninguém havia ficado ferido. O dinheiro, contudo, chegou ao destinatário final, cumprindo os desígnios de Lula: a campanha do pedetista Weverton – convertido a empedernido cabo eleitoral de Haddad” – traz o texto.

A CLC emitiu nota negando as acusações e repudiando o conteúdo da matéria que chamou de “mentiroso” e de informações “fantasiosas”. A CLC disse ainda que vai tomar as medidas judiciais, cíveis e criminais. veja a nota na íntegra:



NOTA DE ESCLARECIMENTO

A despeito de matéria com o título “Brasil: Como Lula opera a campanha na cadeia”, onde uma retranca jornalística com subtítulo “Avião com R$ 6 milhões a bordo caiu em Boa Viagem (CE). Mas os recursos chegaram no destino: a campanha de Weverton Rocha, PDT.”, a Revista IstoÉ, edição 2544, de 28 de setembro de 2018, comete uma série de inverdades, contra pessoas e uma empresa há 23 anos estabelecida no mercado, cumpre-nos informar à sociedade a estranheza do teor da notícia e o estabelecimento dos fatos como realmente aconteceram.

A matéria – possivelmente construída a partir de interesses políticos inconfessáveis, o que não nos cabe considerar, traz em seu bojo informes fantasiosos. Veja-se:

1) Induz a matéria que o destino da aeronave Cirrus Design SR 22 Prefixo PR-COR era o município de São Luiz (MA), quando a rota a ser cumprida era de Mossoró-RN a Crateús (CE), com alternativa para Tauá (CE). O avião saiu por volta de 07h30min, do dia 14 de setembro de 2018, dando uma pane no município de Boa Viagem-CE, o que provocou o pouso de emergência;
2) Depois diz ser o objetivo o transporte de 6 milhões de reais, cuja quantia havia chegado ao destinatário. Ora, no local em que o pouso ocorreu o piloto e o passageiro da aeronave foram visitados por uma guarnição da Polícia Militar e pelo delegado e agentes da Polícia Civil, destacamentos do município de Boa Viagem (CE), que, por meia hora, fizeram vistoria e se colocaram à disposição para colaborar com o que fosse possível, sendo que a Polícia Militar esteve no local uma segunda vez colaborando com o
reboque do avião. Houvesse dinheiro, o Boletim de Ocorrência registraria. Tem mais: o objetivo da viagem a Crateús (CE) era visita rotineira a obra – construção de trecho da CE 467, trecho entre os municípios de Nossa Senhora do Livramento e Monsenhor Tabosa, Estado do Ceará, não havendo nada além de documentos técnicos e projetos da obra;
3) Também insinua haver 3 pessoas quando do acidente. A verdade é que estavam presentes somente o piloto José Severino Enéas Cândido e o diretor da CLC, o Sr. Céliton Luiz Costa de Oliveira;
4) Sobre a propriedade da aeronave em tela, como forma de dirimir dúvidas, a sua propriedade é da CLC Construtora, adquirida em 3 de setembro de 2018, sendo que o seu registro ainda não havia sido alterado no Setor de Licenças da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), em face do pouco tempo de propriedade, e assim constou como sendo da Vokan Seguros. A empresa, categoricamente, repudia o conteúdo mentiroso da matéria e informa que buscará repor a verdade, preservando a sua imagem e garantindo a confiança que desfruta em todos os estados da Região Nordeste, bem como tomará as medidas judiciais, cíveis e criminais.

Fonte: Portal no Ar

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