quarta-feira, junho 13, 2018

Vaticano diz que terço que teria sido dado a Lula não é presente do Papa

Juan Gabois foi impedido de visitar o ex-presidente Lula na PF de Curitiba (Foto: Reprodução/RPC Curitiba)
Juan Gabois foi impedido de visitar o ex-presidente Lula na PF de Curitiba (Foto: Reprodução/RPC Curitiba)

O Vaticano afirmou nesta terça-feira (12) que o terço que teria sido entregue ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba, na segunda-feira (11), não foi enviado pelo Papa Francisco.

O simbolo religioso foi levado por Juan Gabois, assessor de questões de Justiça e Paz do Vaticano e coordenador de encontros do Papa com movimentos sociais. Segundo ele, o presente era em nome do Papa

Entretando, por meio de redes sociais, o Vaticano afirmou que a visita de Gabois era pessoal e não em nome do Papa. Ainda conforme a publicação, o terço, "como tantos outros", é abençoado e distribuído em inúmeras ocasiões.

Lula está detido em uma sala especial, desde 7 de abril. Ele foi condenado em primeira e segunda instância no processo da Operação Lava Jato relacionado ao triplex do Guarujá, no litoral de São Paulo.

O ex-presidente foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele nega as acusações.

O perfil do Twitter do Vaticano, em português, chegou a informar que o terço não foi um presente do Papa. A postagem foi apagada durante a tarde desta terça.

No site Vaticanews há o seguinte esclarecimento:

O advogado argentino Juan Gabrois, fundador do Movimento dos trabalhadores excluídos e consultor do Pontifício Conselho Justiça e Paz, deu uma entrevista em sua tentativa de visitar o ex-presidente Lula na prisão de Curitiba, onde está detido há mais de dois anos meses. Grabois disse que a visita era pessoal e não em nome do Santo Padre. Ele não teve a permissão para se encontrar com Lula.

Na entrevista, ele nunca declarou que foi o Papa a enviar o Terço, mas simplesmente que se tratava de um Terço que tinha sido "abençoado" pelo Papa. Terços como esse são levados, como o Santo Padre deseja, a tantos prisioneiros do mundo sem entrar no mérito de realidades particulares.


Visita negada
O advogado Gabois tentou visitar o ex-presidente, entretanto, segundo a Polícia Federal, a entrada dele não foi autorizada.

Na saída, Gabois disse que tinha esperança de passar uma mensagem para o ex-presidente e que levou um rosário, presente do Papa ao Lula. Segundo Gabois, a entrada dele foi barrada porque ele não é um sacerdote consagrado.

“Considero que estamos de frente a claro caso de perseguição política”, afirmou Gabois.

Procurada pelo G1, a PF afirma que desconhece se o ex-presidente recebeu o símbolo religioso e que não iria emitir nota oficial sobre o assunto.

Fonte: G1

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