sexta-feira, junho 01, 2018

Papa envia novamente investigadores sobre abusos sexuais ao Chile

Papa Francisco dá sua benção em audiência geral na Praça de St Peter no Vaticano em 18 de maio (Foto: Andreas Solaro/ AFP)
Papa Francisco dá sua benção em audiência geral na Praça de St Peter no Vaticano em 18 de maio (Foto: Andreas Solaro/ AFP)

O papa Francisco enviará seus dois principais investigadores de abusos sexuais de volta ao Chile para que reúnam mais informações sobre a crise que abalou a Igreja Católica local. As informações foram dadas pelo Vaticano.

O arcebispo Charles Scicluna, de Malta, e o padre Jordi Bertomeu, um funcionário do Vaticano, se concentrarão na diocese de Osorno, no sul chileno, sede de um bispo que é o principal envolvido no escândalo - ele é acusado de acobertar crimes de um padre pedófilo.

Segundo comunicado do Vaticano, o objetivo da visita, que deve começar nos próximos dias, é "levar adiante o processo de reparação e cura para as vítimas de abusos".

Os dois prepararam um relatório de 2.300 páginas para o papa depois de conversarem com vítimas, testemunhas e membros da Igreja no início deste ano.

Renúncia
No dia 18 de maio, todos os 34 bispos do Chile ofereceram renúncia depois de comparecerem a uma reunião de crise com o pontífice no Vaticano.

O papa Francisco ainda não anunciou se aceitará alguma renúncia.

O escândalo gira em torno do padre Fernando Karadima, apontado por uma investigação feita pelo Vaticano em 2011 como culpado de abusar de meninos em Santiago nos anos 1970 e 1980. Hoje com 87 anos e morando em uma casa de repouso no Chile, ele sempre negou qualquer delito.

Vítimas acusaram o bispo Juan Barros de Osorno de ter testemunhado os abusos sem fazer nada para impedi-los. Barros, um dos que ofereceram a renúncia, negou as alegações.

A credibilidade da Igreja despencou no Chile por causa dos escândalos.

A posição do Papa
Recentemente, o Papa Francisco reconheceu "graves erros de avaliação" sobre o caso. Ele chegou a defender Juan Barros, que é acusado por vítimas de acobertar os crimes de pedofilia cometidos pelo padre Fernando Karadima, mas depois voltou atrás dizendo que havia cometido "graves erros" na condução da crise de abusos sexuais porque havia sido "mal informado".

O pontíficie afirmou também que seria duro com bispos chilenos para esclarecer acobertamentos.

Fonte: G1

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