quinta-feira, março 29, 2018

Presidente do BC diz que serão anunciadas mudanças no cheque especial em abril

O presidente do Banco Central, Ilan Goldafjn, afirmou nesta quinta-feira (29) que mudanças no cheque especial serão anunciadas em abril.

Segundo ele, essas alterações devem ser divulgadas pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), que vem estudando ações para melhorar as condições do cheque especial desde o início deste ano.

"É uma autorregulação. Não é do BC [a mudança]", declarou o presidente do BC ao comentar o relatório de inflação do primeiro trimestre deste ano.

Goldfajn não deu mais informações sobre o assunto. A Febraban informou, no começo de 2018, que as medidas em estudo visam "melhorar o ambiente de crédito no país e reduzir o spread, que é a diferença entre os juros cobrados no crédito e pagos pelos bancos nos investimentos.

O cheque especial é uma das modalidades de crédito mais caras do país, atrás apenas do rotativo do cartão de crédito. Em fevereiro, o juro médio do cheque especial somou 324,1% ao ano.

Redução mais rápida dos juros
O presidente do BC afirmou que gostaria que houvesse uma redução mais rápida nos juros cobrados pelas instituições financeiras e acrescentou que o BC está trabalhando para isso.

Nos últimos meses, o Banco Central promoveu seguidos cortes na taxa básica de juros, a Selic, que influencia nas taxas cobradas pelos bancos nos empréstimos. Entretanto, os juros bancários se mantém elevados.

"Vamos trabalhar por uma queda mais rápida nas taxas bancárias", declarou Goldfajn a jornalistas.

Ele citou entre as medidas que vão nesse sentido a redução na taxa dos chamados depósitos compulsórios, anunciada nesta semana. Os depósitos compulsórios são os recursos de clientes que os bancos têm de deixar depositados no BC. A redução da taxa, portanto, libera mais recursos para que os bancos possam fazer empréstimos.

A estimativa é que a redução do compusório injete R$ 25,7 bilhões na economia e ajude a reduzir os juros bancários.

"Os custos operacionais [dos bancos] são elevados, dado o custo Brasil, pelo custo da inadimplência, de impostos, custo regulatório, e tem o custo do compulsório. Todos esses itens nós estamos tentando atacar, inclusive o item de competição. Tivemos várias medidas nesta semana que estimulam a competição em vários mercados, como o de débito", afirmou Goldafjn.

Fonte: G1

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