domingo, março 18, 2018

Polícia investiga golpe na venda de pacotes de viagens que fez mais de 50 vítimas no Recife

A Polícia Civil de Pernambuco investiga um golpe que teria sido aplicado por uma mulher que se passava por funcionária de uma agência de viagens no Recife e usava o nome da empresa como garantia de um bom negócio. Em alguns casos, o prejuízo ultrapassa R$ 100 mil. Pelo menos 50 vítimas procuraram o Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), que faz a investigação de casos de estelionato.

Conhecer Fernando de Noronha era o sonho de Fátima Martins, que prefere não ser identificada pelo nome verdadeiro. A viagem, no entanto, deu lugar a um prejuízo de R$ 2 mil. “Percebi uma semana antes da viagem, quando eu cobrava os vouchers e não chegava nada. Você tira férias, se programa e dá de cara com pessoas desonestas que usam nomes de agência de turismo do Recife para dar um golpe. Era um sonho e se tornou um pesadelo”, reclama.

No caso de Joaquim Ferreira, que também prefere não ser identificado pelo nome real, a primeira viagem chegou a ser feita, mas, da segunda em diante, o golpe foi aplicado. “Ela me deu uma primeira viagem, mas outras duas que precisei fazer dentro e fora do Brasil não foram fornecidas. Precisei comprar as passagens por fora e ela não me deu o reembolso. Meu prejuízo foi de R$ 10 mil”, relata.

Vítimas compareceram ao Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais, no bairro de Afogados, no Recife (Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press)
Vítimas compareceram ao Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais, no bairro de Afogados, no Recife (Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press)

Além de pessoas físicas, algumas agências de turismo também tiveram prejuízos, que, em alguns casos, ultrapassam R$ 100 mil. “Conseguimos recuperar uma parte, mas ficou um débito histórico de R$ 31 mil. Começou quando um grande cliente nosso, que tem uma funcionária que é sobrinha dessa pessoa, indicou a nossa agência para que ela comprasse as passagens. Quando minha esposa desconfiou, o montante já era enorme”, relembra Boris Wolfenson.

Procurada pela reportagem, a Polícia Civil informou que não vai se pronunciar para não comprometer o andamento das investigações. O nome da mulher suspeita de aplicar os golpes não foi divulgado pela corporação.

Fonte: G1

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