sábado, março 03, 2018

Alagamentos em Natal viram alvo de ação do Ministério Público contra prefeitura

Avenida Mor Gouveia, em Natal, ficou alagada na manhã da quinta (1º) após as chuvas (Foto: Marksuel Figueredo/Inter TV Cabugi)

Os alagamentos provocados pela chuva em Natal viraram alvo de uma ação do Ministério Público contra a Prefeitura da capital. A promotora de Defesa do Meio Ambiente, Gilka da Mata, pediu na última quinta-feira (1º) uma audiência de conciliação em regime emergencial entre o município e moradores de ruas e avenidas que sofrem com o problema, para que sejam estabelecidos prazos para obras de drenagem na região.

Na petição, o MPRN pediu que a Prefeitura de Natal seja intimada a fornecer todas as informações cabíveis acerca das obras, com cronograma de conclusão, além de esclarecer quais são as providências que estão sendo tomadas para atender a população atingida pelos alagamentos.

O trecho em questão compreende as ruas e avenidas São José, Capitão-Mor Gouveia, Jerônimo Câmara e Jaguarari, que abrangem parte das Zona Sul e Oeste da capital. Na última quarta-feira (1º), uma chuva de pouco mais de uma hora alagou ruas na região. Na avenida Capitão-Mor Gouveia, um carro ficou submerso pela água.

O pedido foi feito dentro de uma ação que já tramitava na 2ª vara da Fazenda Pública de Natal e aguarda decisão.

“Os moradores da localidade estão preocupados e têm procurado insistentemente o Ministério Público e o próprio Poder Judiciário, para serem informados sobre a conclusão das obras e sobre as medidas de socorro emergencial que o Município precisa adotar em relação aos moradores locais nos momentos de chuva”, explicou a promotora de Justiça Gilka da Mata.

Uma ação civil pública foi ajuizada pelo MPRN em 2017. Em novembro passado, a Justiça deferiu pedido de liminar para determinar que a Prefeitura de Natal retome e conclua as instalações relativas ao sistema de drenagem da área e determinou o bloqueio judicial de recursos para a realização das obras.

No dia 19 de dezembro, em nova decisão, a Justiça suspendeu o bloqueio, porque a Prefeitura afirmou que a verba necessária para a continuidade das obras de drenagem inacabadas já estava garantida. Em seguida, no dia 2 de fevereiro de 2018, o Município de Natal ofereceu contestação, quando novamente confirmou que havia conseguido recursos federais para o reinício da obra.

Na petição, o MPRN destaca que “a despeito dessa manifestação, o Município não apresentou previsão ou qualquer cronograma para a conclusão da obra necessária para solucionar os graves problemas que ocorrem no local nos momentos das chuvas que caem na cidade”.

Fonte: G1

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