segunda-feira, fevereiro 19, 2018

SENAI-RN traz especialista alemão para formar cervejeiros artesanais no RN

O sabor, o aroma, a coloração, a textura são detalhadamente apreciados por aqueles que degustam uma cerveja artesanal. Trata-se de um hobby que tem despertado um interesse crescente não só na degustação, mas também na detalhada preparação da bebida. Há, no Rio Grande do Norte, diversos grupos que frequentemente se reúnem para apreciar essas cervejas e até uma associação que reúne os apreciadores.

Ao constatar esse interesse em crescimento, o SENAI-RN, por intermédio do Centro de Educação e Tecnologias Clóvis Motta, programou um curso de qualificação profissional de cervejeiro artesanal. E, para assegurar o padrão de excelência da formação que será oferecida, foi firmada uma parceria com a Fundação da Indústria Alemã, que designou um especialista, Horst Ernst Bismark, para ministrar as aulas e o treinamento, que vão começar na segunda, dia 19 de fevereiro.

Nesta primeira turma, serão formados vinte cervejeiros artesanais. Eles serão potenciais multiplicadores, ou seja, poderão ser os instrutores de novos cursos e capacitações voltadas ao setor.

A diretora regional do SENAI, Roseanne Azevedo (foto), destaca a importância de se promover uma atividade de formação em uma área na qual há cada vez mais pessoas interessadas. Ela ressalta também a excelência técnica das aulas que serão ministradas por um especialista alemão.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Bebidas e Água Mineral do RN, Djalma Barbosa Cunha (foto), lembra que o segmento de cerveja artesanal, cresce não só no Estado, mas em todo o Brasil. “Em Minas Gerais, por exemplo, sabemos o quanto eles têm investido em capacitação. Não só na formação de profissionais para a elaboração da cerveja, mas em toda a infraestrutura que a produção artesanal precisa para garantir uma cerveja de alta qualidade”, afirma.

Ele considera que a iniciativa do SENAI, ao realizar este curso, assegura uma oportunidade com garantia de qualidade uma vez que tem a parceria de uma instituição alemã. “A capacitação terá um consultor com alta bagagem no ramo de cervejaria, porque a Alemanha é referência nesta atividade”, afirma. Djalma Cunha acrescenta que essa qualificação abre novas perspectivas para ao setor no Rio Grande do Norte.

A mesma expectativa tem os filiados à Acerva Potiguar (Associação dos Cervejeiros Artesanais do Rio Grande do Norte), entidade com 160 associados. “Percebemos o crescimento do movimento de degustação e produção de cervejas artesanais. Há cada vez mais pessoas interessadas neste produto, que é bastante diferente das cervejas mais comerciais”, disse Alexandre Alexandre Vieira Alves. Ele afirma que os filiados à Acerva são pessoas que apreciam não só degustar, mas produzir a cerveja em casa.

Segundo Alexandre Alves não há uma definição na legislação sobre o que pode ser definido como cerveja artesanal. Mas, os apreciadores não têm dúvida sobre as características que devem ser exigidas deste produto. “O que diferencia é, principalmente, o tempo e o cuidado que se dedica à produção da cerveja artesanal. Uma cerveja artesanal precisa de um, dois, três, seis meses para ficar pronta”, explica. Além disso, é necessário um cuidado especial com a matéria-prima utilizada. “O artesanal, geralmente, não usa adjuvante, conservantes e estabilizantes”, acrescenta. “Enfim, não se acelera os processos”, diz.

Fonte: Portal no Ar

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