terça-feira, fevereiro 13, 2018

Delegados da PF querem retratação mais contundente de Segovia


A negativa do diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, de que teria sinalizado o arquivamento da investigação do presidente Michel Temer no caso Rodrimar não foi suficiente para estancar a rebelião dentro da corporação. Delegados da PF se mobilizam para cobrar uma retratação mais contundente de Segóvia, que afirmou que não há indício de crime e nem de pagamento de propina neste caso.

A estratégia de delegados da PF é esperar o teor das explicações de Segovia ao ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal. Caso não haja uma correção de rumo nas declarações dadas à agência Reuters, a percepção de delegados é que a situação de Segovia ficará extremamente delicada. Nesse caso, um grupo da PF articula pedir a saída dele do cargo de diretor-geral da Polícia Federal.

A tendência do presidente Michel Temer será de manter em qualquer circunstância Segovia no cargo de comando da Polícia Federal. “Mas nesse cenário, Segovia ficará extremamente fragilizado, pois não terá suporte da base da Polícia Federal”, alertou ao Blog um delegado da PF que está acompanhando de perto a reação dos colegas neste episódio.

Como revelou o Blog no sábado, apesar de aliados do governo minimizarem as declarações de Fernando Segovia, no Palácio do Planalto a entrevista concedida à Reuters foi considerada uma trapalhada e teve forte efeito negativo, reacendendo o inquérito que trata de suposta propina em troca de decreto que beneficiaria o setor de portos.

Para interlocutores de Temer ao invés de o assunto cair no esquecimento, voltou a ganhar os holofotes justamente no período de carnaval. O presidente é investigado no inquérito que apura suposto recebimento de propina para favorecer a Rodrimar, que opera áreas do porto de Santos (SP).

O diretor disse na entrevista que as investigações não comprovaram que houve pagamento de propina por parte de representantes da empresa Rodrimar para a edição do decreto que prorrogava contratos de concessão e arrendamento portuários, assinado por Temer em maio do ano passado.

Fonte: G1

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