sexta-feira, agosto 11, 2017

Trump diz que ameaça de ‘fogo e fúria’ à Coreia do Norte pode não ter sido suficiente

O presidente dos EUA, Donald Trump, fala sobre ameaças da Coreia do Norte a jornalistas ao lado de seu vice, Mike Pence, em Bedminster, New Jersey, na quinta (10) (Foto: Reuters/Jonathan Ernst)O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta quinta (10) que sua ameaça de responder com “fogo e fúria” às provocações da Coreia do Norte talvez não tenha sido “forte o suficiente”, ainda que tenham provocado uma escalada no tom bélico entre os dois países.
Antes de uma reunião com seu vice-presidente, Mike Pence, seu chefe de gabinete e o conselheiro de Segurança Nacional, os generais John Kelly e H. R. McMaster, Trump elevou o tom ao comentar as ameaças do país asiático, que diz planejar atacar a ilha de Guam, território norte-americano no Oceano Pacífico.
“É melhor a Coreia do Norte começar a agir direito ou ela estará em apuros como poucos países já estiveram antes”, disse o presidente a jornalistas. "Vamos ver o que ele faz com Guam", provocou.
Ao ser questionado sobre o que poderia ser mais duro do que fogo e fúria, Trump respondeu apenas "veremos", segundo a CNBC.
"O povo deste país deve ficar muito confortável, e vou lhes dizer isto: se a Coreia do Norte fizer qualquer coisa em termos de sequer pensar sobre um ataque a qualquer um que amamos ou representamos ou nossos aliados ou nós, eles podem ficar muito, muito nervosos. Vou lhes dizer porque, e eles deveriam ficar muito nervosos. Porque coisas acontecerão a eles como eles nunca pensaram serem possíveis", disse, sem detalhar que tipo de ação pretende adotar.
Apesar disso, o presidente americano não descartou uma saída diplomática para a crise. No entanto, lembrou que em 25 anos ninguém teve sucesso ao tentar dialogar com o regime comunista de Pyongyang.
Trump também agradeceu a Rússia e China, tradicionais aliados da Coreia do Norte, por votar no fim de semana a favor de novas sanções no Conselho de Segurança da ONU por causa dos dois testes com mísseis balísticos realizados por Pyongyang em julho, mas ressaltou que a China poderia "fazer muito mais" para ajudar.

Fogo e fúria
Trump usou o termo "fogo e fúria" na terça-feira, ao comentar ameaças norte-coreanas, quando disse: "É melhor que a Coreia do Norte não faça mais ameaças aos Estados Unidos. Enfrentarão fogo e fúria como o mundo nunca viu".
No dia seguinte, ao detalhar seu plano para atacar Guam, o general norte-coreano Kim Rak Gyom afirmou que a declaração do presidente americano era "um monte de bobagem".
"Parece que ele não entendeu o recado. Diálogo saudável não é possível com um sujeito tão desprovido de razão e apenas força absoluta pode funcionar sobre ele", disse o general em seu comunicado, divulgado pela Agência de Notícias Central Coreana.
Segundo o general norte-coreano, o plano de ataque está em fase de finalização e deve ser apresentado ao líder Kim Jong-un até a metade de agosto, passando então a depender apenas de uma ordem sua para ser executado.
Seriam usados no ataque quatro mísseis Hwasong-12 de médio alcance, disparados simultaneamente. Após o lançamento, eles sobrevoariam Shimane, Hiroshima e Koichi, no Japão, antes de atingir seus alvos ao redor da ilha. "Eles voarão 3,356.7 km durante 1,065 segundos e atingirão águas de 30 a 40 quilômetros de Guam", diz o comunicado assinado por Kim Rak Gyom, comandante da Força Estratégica do Exército do Povo Coreano.

Fonte: G1

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