quinta-feira, agosto 24, 2017

Torcedor do Flamengo é proibido de ir a jogos por 6 meses após flagrante de injúria racial

Torcedor suspeito de racismo aguarda no juizado criminal (Foto: Allan Caldas/Globoesporte.com)
A Justiça do Rio determinou que um torcedor do Flamengo fique proibido de ir a estádios por seis meses após ser flagrado em um ato de injúria racial ao ofender um funcionário do estádio na noite de quarta-feira (23), antes de partida contra o Botafogo, pela Copa do Brasil.
A decisão foi em audiência de custódia realizada no posto do Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos no Maracanã. O juiz Luiz Alfredo Carvalho Júnior determinou a liberdade provisória do torcedor Wagner Marinho Tavares ficará. Além de não poder ir aos jogos, ele terá que se apresentar à Cidade da Polícia duas horas antes de cada partida do Flamengo, e só poderá deixar depois que o jogo terminar.
Wagner também terá que apresentar todo mês à Justiça para justificar suas atividades, e não poderá mudar de endereço residencial sem antes avisar ao juízo. Para deixar o estado do Rio por mais de dez dias, precisará pedir autorização judicial.
Em entrevista ao Globoesporte.com, o funcionário terceirizado do Maracanã, disse que o torcedor falou que ele deveria vender banana.
"Houve invasão de torcedores, tentamos separar as mulheres da confusão, e esse torcedor, que já tinha passado na catraca, voltou para discutir com o pessoal que estava controlando o acesso, dizendo que a culpa era nossa. Então ele disse que se eu não sabia trabalhar nisso, eu devia vender banana, porque eu era filho de preto" afirmou o funcionário da LSM Produções, que não quis se identificar.
A punição é semelhante a outro torcedor do Botafogo acusado de racismo, na partida de ida do confronto carioca na semifinal da Copa do Brasil. No jogo na Arena da Ilha, um torcedor foi denunciado pelos tios do jogador Vinicius Jr.
Além do caso de racismo, o posto do Juizado Especial do Torcedor e Grandes Eventos registrou outras oito ocorrências: quatro por cambismo, duas por desacato, uma por posse de entorpecentes e uma por porte de material explosivo.

Fonte: G1

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