terça-feira, julho 04, 2017

Promotor fica de cueca, agride e ameaça PM de morte no Mato Grosso


A Polícia Militar registrou um boletim de ocorrência (B.O.) com as acusações de abuso de autoridade, desacato, lesão corporal e ameaça contra o promotor de Justiça substituto Fábio Camilo da Silva. Segundo informações do G1 MT, ele discutiu com um policial, disse para ele "colar os cascos" e ameaçou o PM de morte. O caso ocorreu por volta das 11h de sábado (1º), em frente a um posto de combustíveis na BR-163, em Terra Nova do Norte. Conforme registrado no B.O., Silva estava bêbado na ocasião. A PM relata que foi chamada por uma pessoa que passou pelo local e avistou um carro parado com dois ocupantes discutindo. Como descrito no documento, ao ser abordado pelo policial militar Edmilson Correa, o promotor perguntou se ele sabia com quem estava falando e o que o PM deveria "colar os cascos" para falar com ele. Depois disso, o promotor deu ordem de prisão ao soldado, disse que a arma do policial tinha numeração raspada e que ele pretendia “plantar” droga em seu carro. Não satisfeito, o promotor agrediu o PM fisicamente e o ameaçado de morte com a própria arma. Dentro do carro, os policiais encontraram garrafas de cerveja vazias e uma de uísque. Após ser algemado, o promotor bebeu um "líquido estranho" e começou a "tomar banho" com as bebidas que estavam no carro. Ele chegou a tirar o short e saiu andando apenas de cueca pelo local. O documento cita ainda um frentista do posto, que declarou à PM ter visto o promotor saindo do banheiro do estabelecimento e cheirando algo em suas mãos e depois limpando-as. De acordo com a publicação, Silva não foi preso apenas porque tem prerrogativa de função. Sendo um promotor, ele só poderia ser detido em flagrante por crimes inafiançáveis, como racismo, terrorismo, tortura, tráfico e crimes considerados hediondos.


Em nota enviada ao site, o Ministério Público do Mato Grosso disse que se trata um fato isolado, que eles repudiam. A instância acrescentou que está tomando as providências cabíveis para apurar a conduta do promotor, que pode acabar sendo exonerado do cargo que ocupa em Guarantã do Norte, a 721 km de Cuiabá.

Fonte: Martins em Pauta

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