quinta-feira, maio 11, 2017

Amigos, amigos... Atlético não dá chances para a Chape, goleia e fica com a Recopa


Amigos, amigos, troféu à parte. Há quem diga que a melhor maneira de se respeitar um adversário é jogando o melhor que se pode contra ele. Foi o que o Atlético Nacional fez na noite desta quarta-feira, no Atanasio Girardot, em Medellín. O palco que há quase seis meses encantou o mundo pela solidariedade recebeu outro espetáculo: de futebol. O campeão da Libertadores não deixou dúvidas ao aplicar 4 a 1 e ficou com o troféu da Libertadores. Ibargüen e Dayro Moreno, duas vezes cada, fizeram a festa do torcedor que voltou a lotar o estádio - como nas homenagens às vítimas de 29 de novembro -, enquanto Túlio de Melo descontou.

PRÓXIMO COMPROMISSO
Com o vice-campeonato, a Chape encerra sua participação na terceira competição no movimentado calendário de 2017. Eliminado na fase de grupos na Primeira Liga, foi campeão catarinense. Agora, as atenções estão voltadas para o Brasileirão. O time de Vagner Mancini tem parada dura logo na estreia: o Corinthians, em São Paulo, sábado, às 19h (de Brasília). Será a sexta participação do Verdão na Série A, quarta consecutiva.

PRIMEIRO TEMPO
Baixas em cima da hora, campo molhado e pressão desde o apito inicial. Junte isso a uma Chape ainda em ritmo lento e pronto: gol do Atlético Nacional. O time da casa precisou de apenas um minuto para abrir o placar e acabar com a vantagem brasileira. Dayro Moreno recebeu em profundidade e teve todo espaço para girar e bater forte. A bola passou por baixo de Artur, que falhou: 1 a 0. Em vez de incendiar os colombianos, o gol deu tranquilidade e o Verdão conseguiu equilibrar as ações. Faltava, porém, força para chegar ao ataque.


Bem posicionado defensivamente, a Chape até obrigava o Atlético Nacional a girar o jogo, testava a paciência, mas não conseguia levar perigo ao gol de Armani. Nos 45 minutos iniciais, bolas esticadas até renderam escanteios. Nada que levasse perigo. E se a marcação coletiva funcionava, no mano a mano os colombianos levavam a melhor e aproveitavam os espaços. Foi assim que MacNelly Torres recebeu na meia-lua e precisou de apenas um toque para servir Ibargüen na área. Drible em Nathan, e gol. O verde da casa reinava no intervalo.

SEGUNDO TEMPO
A Chape voltou diferente para o segundo tempo, e viva. Com Apodi no lugar de Luiz Antonio, Mancini deu força e intensidade ao deslocar João Pedro para o ataque. E logo na primeira jogada, quase a resposta. João avançou bem pela esquerda e cruzou para Arthur Caike dominar, escolher o campo e deslocar Armani. Tudo certo, se não fosse Henriquez surgir voando para evitar o gol em cima da linha. Avançado, o Verdão retraiu o Atlético Nacional e seguiu em cima. João Pedro e Wellington Paulista assustaram, mas a pontaria não era das melhores.


torcida colombiana já parecia assustada quando MacNelly Torres entrou em ação. Com inteligência, valorizou a posse de bola, cadenciou o jogo e botou o time para respirar. A Chape baixou a guarda, e recebeu o golpe final. Aos 21, Ibargüen driblou Apodi para dentro, para fora, e cruzou no segundo pau. Rodriguez escorou e Dayro Moreno complementou. O Atanasio explodiu em festa. Ibargüen ainda teve tempo de transformar o placar em goleada, e Túlio de Melo para descontar, mas tudo já estava definido. O campeão do continente em 2016 tem mais um troféu em sua galeria.

SEIS JOGOS, CINCO DERROTAS
Um dado não pode passar despercebido na derrota da Chapecoense na Colômbia: foi a quinta derrota da equipe nas últimas seis partidas. Por mais que o único triunfo, contra o Avaí, na Ressacada, tenha valido o título estadual, fica o alerta para o Brasileirão. O Verdão perdeu neste período para Criciúma, Nacional, Cruzeiro, Avaí e Atlético Nacional. Outro detalhe a ser levado em conta é que em nenhuma partida a escalação foi repetida.

FESTA, SÓ DO TÍTULO
O cenário da decisão da Recopa em Medellín foi bem diferente do apresentado na primeira partida em Chapecó. Apesar de todo respeito e carinho com a Chapecoense, não houve qualquer tipo de homenagem ou badalação antes de a bola rolar. O Atlético Nacional focou somente na partida, no título. O sentimento de irmandade entre os clubes, no entanto, ficou evidente a todo instante, desde as torcidas misturadas, passando pelos aplausos aos sobreviventes e no gol de Túlio de Melo.


CAMPO MOLHADO
Um detalhe chamou a atenção e ajudou a vida do Atlético Nacional no primeiro tempo: o campo molhado pela forte chuva que caiu sobre Medellín durante todo o dia. Sem aquecimento no gramado, os jogadores da Chapecoense foram surpreendidos, tanto que Artur Moraes deixou a bola passar por baixo de seu corpo logo no primeiro minuto. Nitidamente, os brasileiros perderam o tempo de bola e foram amplamente dominados na etapa inicial.

Fonte: Globo Esporte

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