domingo, março 26, 2017

'Terrorismo se combate com fogo', escreveu atirador do MPRN


O servidor do Ministério Público do Rio Grande do Norte Guilherme Wanderley Lopes Silva teve motivações políticas e administrativas para atacar procuradores e um promotor de justiça, nesta sexta-feira (24), deixando dois baleados. Em carta escrita antes de praticar o crime, ele destacou que: 'terrorismo se combate com fogo'. E ainda 'alguém precisava fazer algo efetivo e dar uma resposta a esse genuíno crime organizado'.
Guilherme Wanderley invadiu uma reunião onde estava o procurador-geral de Justiça do RN, Rinaldo Reis, no final da manhã desta sexta-feira. Ele chegou a atirar contra Rinaldo, mas errou. No entanto, conseguiu acertar o  promotor público Wendell Beetoven nas costas e dois tiros no procurador-geral adjunto, Jovino Sobrinho.
Ele estava sendo procurado pela polícia e se apresentou no final da manhã deste sábado (25). Depois disso, ficou preso por força de um mandado de prisão preventiva e foi levado para o Centro de Detenção Provisória da Ribeira.
Também nesta tarde, o Ministério Público divulgou a íntegra da carta que foi escrita por Guilherme Wanderley e deixada na sala do procurador-geral. No documento, o servidor cita várias questões políticas e administrativas referentes à gestão de Rinaldo Reis, bem como do procurador-geral adjunto e do promotor Wendell.
Sobre o motivo para matar os três, o funcionário do MP criou um tópico específico no qual escreveu: "Ora, o motivo é intuitivo: legítima defesa sui generis própria e alheia. Alguém precisava fazer algo efetivo e dar uma resposta a esse genuíno crime organizado. Resposta do tipo: 'para algumas ações, haverá sim reação'. Ou: 'quem planta... colhe'. A verdade não pode ser calada, nós estamos numa guerra que, infelizmente, é imperceptível por muitos dada a gigantesca cegueira do nosso povo ignorante, desorganizado e, por isso mesmo, culpados. A caneta tem o poder de ferir e matar. Meu lema há muito tempo é: trate os outros como gostaria de ser tratado e procurando dar a cada um o que é seu. Tão fácil de seguir, mas, infelizmente, tão desprezado".

Fonte: G1

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