quarta-feira, julho 27, 2016

Santa Casa suspende realização de cirurgias eletivas por falta de recursos

http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/A Santa Casa de Misericórdia de São Paulo suspendeu a realização de cirurgias eletivas, sem necessidade de urgência, devido à crise financeira desde o dia 17 de
julho. O hospital está com falta de equipamentos e de medicamentos no estoque para a realização dos procedimentos. Não há previsão de normalização.
A Santa Casa vai deixar de realizar 900 cirurgias por mês. Os atendimentos simples continuam sendo realizados, mas quem precisa passar por uma cirurgia de catarata, por exemplo, vai ter que esperar mais tempo.
A dona de casa Eliene Alves Magalhães precisa fazer uma cirurgia na bexiga, mas ainda não conseguiu marcar. “Eles falam assim ‘Nós vamos aguardar mais para ver se tem vaga para internação’. Como eles vão colocar botox na bexiga, eles falaram que não está tendo botox também.”
A atual crise financeira da Santa Casa começou há dois anos quando o hospital chegou a fechar o pronto-socorro por falta de condições de atendimento.
O antigo provedor, Kalil Rocha Abdalla, chegou a reclamar da falta de repasse de verbas do estado e da União.
O Ministério Público investiga suposto desvio de recursos do caixa do hospital durante a gestão do Kalil. Segundo a denúncia, dezenas de imóveis foram comprados pela instituição e vendidos por um preço abaixo do valor da escritura.
Kalil foi afastado e teve seus bens bloqueados pela Justiça Federal neste mês. Ele responde a um processo civil por improbidade administrativa. Se for condenado, o ex-provedor terá de devolver R$ 56 milhões aos caixas dos cofres públicos. Kalil não foi localizado pela reportagem.
A Santa Casa também teve quase R$ 1 milhão em bens bloqueados pela Justiça por causas de irregularidades na antiga gestão. O então provedor Kalil Rocha Abdalla renunciou. O pediatra José Luiz Setúbal assumiu o cargo com o desafio de negociar a dívida.
Para equilibrar as contas, a Santa Casa demitiu 1.500 funcionários em outubro do ano passado. E a nova administração do hospital tenta quitar as dívidas que chegam a R$ 860 milhões.
O valor devido refere-se aos gastos com fornecedores, funcionários e empréstimos bancários.
A Secretaria Estadual da Saúde disse que repassou R$ 360 milhões para a Santa Casa nos últimos 18 meses para ajudar o hospital a sair da crise.
O Ministério da Saúde disse que está revendo a tabela do SUS, que é a principal forma de repasse de verbas da União para hospitais filantrópicos.

Fonte: G1

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