domingo, fevereiro 14, 2016

Dono de sítio não é laranja de Lula, afirma defesa

SAO PAULO, SP, BRASIL, 01-03-2012, 15h00: O advogado Alberto Toron fala sobre o caso PanAmericano, no escritório do advogado Alberto Toron. (Foto: Leticia Moreira/ Folhapress, MERCADO) *** FOTO EM ARTE E NÃO INDEXADA ***O empresário Fernando Bittar vai afirmar à força-tarefa da Operação Lava Jato que não serviu como "laranja" para a compra do sítio em Atibaia (SP) que é usado pela
família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo o advogado do empresário, Alberto Zacharias Toron.

A propriedade rural está registrada em nome de Bittar, que é filho de Jacó Bittar, amigo de Lula e fundador do PT, e do empresário Jonas Leite Suassuna Filho. Fernando Bittar e Suassuna são sócios do filho mais velho de Lula, Fábio Luís, o Lulinha.

O fato de o sítio ser muito frequentado pelo ex-presidente e seus parentes levantou a suspeita de que Lula seja o real dono do imóvel.

Bittar agendou para esta semana o depoimento às autoridades da Lava Jato em Curitiba. De acordo com Toron, o empresário está disposto a colaborar com as apurações.

O criminalista diz que no depoimento Bittar irá "dissipar equívocos e mostrar claramente que ele e seu sócio Jonas são os verdadeiros proprietários do sítio". "Vamos mostrar provas e documentos", completa.

Jonas Suassuna, por sua vez, tem dito, por meio de sua defesa, que é dono apenas de uma parte do sítio que não tem benfeitorias, onde nenhuma obra foi realizada.

No fim de janeiro, a Folha publicou entrevista com a ex-dona da loja que forneceu material de construção para obras realizadas no sítio a partir de outubro de 2010, quando Lula ainda era presidente.

Segundo ela, a construtora Odebrecht bancou a maior parte da reforma.

Após a reportagem, a força-tarefa da Lava Jato passou a investigar a ligação da Odebrecht com as obras no sítio.

Posteriormente, o jornal informou que Marisa Letícia, mulher de Lula, adquiriu um barco em 2013 e mandou entregá-lo no sítio.

A assessoria de Lula tem afirmado que o ex-presidente frequenta o sítio de seus amigos em dias de descanso e que tal fato não pode ser relacionado a atos ilícitos.

A Folha também informou que testemunhas ligadas às obras indicaram que as reformas no imóvel foram financiadas por uma espécie de consórcio informal que incluiu, além da Odebrecht, a empreiteira OAS e a Usina São Fernando, ligada ao pecuarista José Carlos Bumlai, também amigo de Lula e que está preso em Curitiba.

Fonte: Folha de São Paulo

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