sábado, dezembro 05, 2015

PT suspende filiação de Delcídio por 60 dias e abre processo disciplinar

 http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/O presidente nacional do PT, Rui Falcão, anunciou nesta sexta-feira (4) que a filiação do senador Delcídio do Amaral ao partido foi suspensa por 60 dias. O dirigente
petista também afirmou que o partido decidiu abrir um processo disciplinar para investigar o ex-líder do governo no Senado que poderá culminar na expulsão de Delcídio da legenda.
O parlamentar do PT foi preso pela Operação Lava Jato em 25 de novembro acusado de tentar atrapalhar as investigações do esquema de corrupção que atuava na Petrobras.
Ele está detido na superintendência da Polícia Federal em Brasília. A prisão de Delcídio é preventiva, sem data definida para terminar.

Unanimidade
Nesta sexta-feira, a executiva nacional do PT – instância máxima da legenda – se reuniu, em São Paulo, para debater a situação do senador.
De acordo com Rui Falcão, com a suspensão temporária da filiação, decidida por unanimidade na reunião da executiva, Delcídio perde as perrogativas de representante do partido, ainda que venha a ser solto.
"A executiva aplicou penalidade prevista no estatuto de suspensão da filiação por 60 dias, bem como o cancelamento das suas prerrogativas de líder, de representar o PT no Senado. De hoje até os próximos 60 dias, ele nao é mais filiado ao PT", disse Rui Falcão.
Delcídio foi gravado em uma conversa com o ator Bernardo Cerveró – filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró – prometendo conversar com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar garantir um habeas corpus para o ex-dirigente da petroleira.
No diálogo, o senador petista também sugere um plano de fuga para Cerveró para a Espanha passando pelo Paraguai.

Impeachment
Rui Falcão também anunciou que o partido criou uma comissão para atuar à frente da questão do impeachment e fazer o trabalho junto a parlamentares.
Ele disse que não foi feito um levantamento de quantos seriam os votos a favor e contra o processo de impeachment, quando o parece da comissão que analisa o pedido de afastamento for à votação no plenário da Câmara.
Nesta quarta-feira (4), o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acolheu pedido de impeachment protocolado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior.
Na próxima semana, deverá ser instalada uma comissão especial para analisar o mérito das denúncias e proferir parecer pela continuidade ou não do processo. Rui Falcão criticou a atitude de Cunha de autorizar a abertura do processo.
"A nossa nota traduz o pensamento do PT sobre os últimos episódios, condenando as tentativas espúrias de barganha que o presidente da Câmara tentou insertar, mostra que aqueles que antes partilharam com as decisões com ele e que momentaneamente o renegaram agora voltam a se acumpliciar na tentativa de obter a maioria para golpear a presidenta".
'Desvio de função'
O presidente nacional do PT acusou Cunha, ainda, de "uso de poder para desvio de função" e criticou o pedido de impeachment. "Estamos seguros e tranquilos que o pedido de impeachment é inconsistente e sem base legal, e motivado por intenções que o maculam desde o início".
Rui Falcão também disse que o PMDB faz parte da base aliada e afirmou acreditar no apoio do vice-presidente da República, Michel Temer, contra o impeachment.
"Temer deu declarações na reunião com a presidente de que o pedido de impeachment carece de base legal e, pela sua trajetória, jamais iria se acumpliciar com golpistas para golpear um governo que ele integra desde o início", concluiu.

Temer e PMDB
Antes de entrar para a reunião do PT, o deputado federal Paulo Teixeira (SP) avaliou que o vice-presidente da República Michel Temer não vai entrar no "barco furado" do impeachment, após ser questionado sobre o comportamento do vice e do partido dele, o PMDB.

Desde que o processo de impeachment foi aberto pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Temer não apareceu publicamente ao lado de Dilma ou se manifestou contra o processo.

Além disso, informou o Blog do Camarotti, o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha (PMDB-RS), um dos aliados mais próximos a Temer, avisou ao partido que deixará o governo da presidente Dilma.

"Eu conheço há muitos anos o vice-presidente Michel Temer. Ele é um homem com enorme experiência política, não entra em barco furado, e o processo de impeachment é um barco furado", declarou Paulo Teixeira a jornalistas.

Fonte: G1

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