sexta-feira, agosto 28, 2015

Funcionários do INSS entregam cargo de chefia em Brasília

Grupo de grevistas em reunião com RH do INSS para entregar documento (Foto: Fenasps/Divulgação)Um grupo de cem funcionários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) entregou os cargos de chefia em apoio à greve nacional da categoria, iniciada no dia 13 de julho. O documento foi entregue na
sede do órgão nesta quinta-feira (27), no Distrito Federal, pelo sindicato da categoria.
A assessoria do INSS afirmou que, ao contrário do que diz o sindicato, nenhum pedido de exoneração foi protocolado no órgão. O documento entregue pelos servidores foi recebido e carimbado pelo diretor de Gestão de Pessoas, José Nunes Filho, mas sem gerar um número de processo, porque não foi registrada na máquina de protocolo do INSS.
De acordo com a assessoria, pedidos de exoneração ou movimentação de funcionários são formalizados em um sistema informatizado próprio do órgão, o que não havia ocorrido até o início da tarde desta sexta. Com isso, diz o INSS, todos os cargos de chefia permanecem inalterados.
Gerente de uma agência do órgão do INSS em São Paulo que veio a Brasília entregar o documento, Marcelo Vasques diz que o pedido tem validade. “Para nós ele é uma autoridade. O fato de ele ter tomado ciência significa para nós que o documento foi protocolado”, disse Marcelo Vasques.

Vasques disse que é a primeira vez que funcionários com cargos de chefia aderem de forma maciça a alguma paralisação do órgão. “Fizemos isso em solidariedade à categoria”, afirmou. “A gente vê que esse modelo de gestão está falido. As condições de trabalho são péssimas: não temos equipamento ideal, temos até que economizar papel.”

“Nós deixamos a função à disposição. É o INSS que decide o que vai fazer com esses cargos, tem a opção de fazer a dispensa ou não”, afirmou o servidor, que disse não ter acesso ao sistema em que é possível pedir exoneração.
Outro gerente do INSS, que trabalha na agência da Asa Sul, relatou ao G1 que “o principal motivo foi o corte arbitrário e ilegal [do salário dos funcionários por aderirem à greve], no meu ponto de vista, por parte da direção do INSS”. “Não poderia ficar inerte com uma situação que não acho justa.”

No posto da W3 Sul, era o segurança quem passava as informações (Foto: Gabriel Luiz/G1)No posto da W3 Sul, era o segurança quem passava as informações (Foto: Gabriel Luiz/G1)

Greve
No DF, os servidores paralisaram as atividades em todas as 19 agências do Distrito Federal. O sindicato da categoria, Sindprev, informou que só estão sendo realizados atendimentos médicos e reagendamentos.
Os servidores pedem reajuste salarial de 27,5%, incorporação de gratificações, implantação de 30 horas de trabalho semanal para todos os funcionários, realização de concurso público e melhoria das condições de trabalho.
Na quarta-feira (26), servidores ocuparam o térreo da superintendência do órgão em Brasília, no Setor de Autarquias Sul. Os manifestantes alegaram que tiveram o ponto cortado em alguns estados por conta da greve. Eles afirmaram ter entrado com liminar no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para impedir a medida. O INSS informou que não iria se posicionar sobre o suposto corte de ponto.

Fonte: G1

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