quinta-feira, julho 23, 2015

Atirador de igreja em Charleston irá responder por crime de ódio

Foto de registro prisional feito nesta quinta-feira (18) mostra o suspeito do ataque à igreja em Charleston, Dylann Roof, de 21 anos (Foto: REUTERS/Charleston County Sheriff's Office)Dylann Roof, acusado de matar nove pessoas negras durante um encontro em uma igreja em Charleston, em junho, foi indiciado na quarta-feira (22) por 33 crimes federais, incluindo crimes de ódio, violações de armas de
fogo e obstrução de prática religiosa, o que pode leva-lo à pena de morte.

A procuradora geral Loretta Lynch anunciou o indiciamento de Roof, de 21 anos, em um grande júri. As acusações eram esperadas desde que ele foi detido após o tiroteio, em 17 de junho, na Emanuel African Methodist Episcopal Church, em Charleston.

Roof, que é branco, apareceu em fotos exibindo bandeiras dos confederados e queimando ou profanando bandeiras dos EUA, e alegadamente escreveu textos incentivando violência racial. Sobreviventes disseram à polícia que ele proferiu insultos raciais durante o ataque.

Os procuradores não disseram se irão pedir a pena de morte para Dylann Roof.

Agentes federais haviam dito anteriormente que os crimes do tipo praticado por ele em geral cumprem os requisitos para um crime de ódio, e que o indiciamento federal era provável.

Roof já enfrenta acusações estaduais, incluindo nove pelos homicídios.

Crimes de ódio são frequentemente um desafio para o governo porque ele precisa provar que um acusado foi motivado primariamente pela raça ou religião de uma vítima, em vez de outros fatores frequentemente alegados pelos advogados de defesa, como vício em drogas ou distúrbios mentais.

No ano passado, uma corte de apelação federal em Ohio reverteu condenações por crime de ódio contra homens e mulheres Amish acusados de ataques nos quais cortavam as barbas e cabelos de outros religiosos Amish que supostamente haviam desafiado o líder da comunidade.

A corte alegou que o júri havia recebido instruções incorretas sobre como medir o papel da religião nos ataques e que os procuradores deveriam ter provado que os ataques não teriam acontecido se não houvessem motivos religiosos.

Fonte: G1

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