sábado, julho 04, 2015

Após matar advogado no RJ, preso tentou extorquir 'resgate', diz polícia

Silas tentou extorquir família do advogado através de bilhete (Foto: Arquivo Pessoal)O homem preso por matar o advogado Fernando Félix, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, tentou extorquir a família da vítima por meio de bilhetes com ameaças. Mesmo com
Felix já morto, o homem dizia tê-lo sequestrado e cobrava um resgate de R$ 100 mil. Segundo a polícia, nas mensagens, Silas Peixoto se passava por um traficante e afirmava até que tinha contatos na polícia para intimidar o pai do advogado a não acionar a delegacia.

Silas Peixoto de Carvalho, suspeito de matar o advogado Fernando Félix Ferreira na DH da Baixada (Foto: Marcelo Elizardo/G1)Silas Peixoto de Carvalho confessou ter matado o
advogado Fernando Félix Ferreira
(Foto: Marcelo Elizardo/G1)
Preso nesta sexta-feira (3), Silas Peixoto foi indiciado por homicídio duplamente qualificado - motivo fútil e sem possibilidade de defesa da vítima - ocultação de cadáver e extorsão. Ele era cliente de Fernando Félix, com quem tinha uma dívida de aproximadamente R$ 2 mil.
De acordo com o delegado titular da Divisão de Homicídios da Baixada, Fábio Cardoso, durante um encontro para acertarem a dívida, ocorrido na casa de Silas, o suspeito ofereceu um computador, como forma de pagamento. Félix não aceitou e ambos começaram a discutir. Na briga, Silas bateu com uma marreta na cabeça do advogado, que morreu na hora. Ele esquartejou o corpo e escondeu as partes em sacos pretos nos fundos do prédio onde morava.
Após o desaparecimento de Fernando Félix, o pai dele começou a receber bilhetes com as ameaças e pedidos de resgate. "Sou traficante mesmo, não tenho nada a perder. Por isso, pense direito e faça o que eu te mando. Vende carro, toma emprestado, faz o que tu quiser. (...) Não dê bobeira, estou doido para cortar a cabeça dele e jogar dentro do valão", disse ele em uma das mensagens.

Bilhetes davam orientações para família pagar o resgate (Foto: Arquivo Pessoal)Bilhetes davam orientações para família
pagar o resgate (Foto: Arquivo Pessoal)
Um dos bilhetes foi acompanhado pelo cartão do escritório do advogado e indicava até o local onde o Félix havia estacionado o carro pela última vez. Silas ainda pedia que o pagamento fosse feito em notas de R$ 50 e R$ 100. Ele também alertava que ficaria sabendo se a família registrasse o caso na delegacia. "Tenho contato dentro da polícia, fico sabendo de tudo. Não vacila", dizia o afirmou.
A Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense assumiu o caso pouco após o desaparecimento de Fernando Félix, registrado em 23 de maio. Agentes se passaram por parentes do advogado e combinaram o encontro em que seria feito o resgate. O policial que se passou pelo pai da vítima recebeu de uma pessoa, no local do encontro, um bilhete com orientações a quem deveria entregar o dinheiro. O receptor da quantia estaria em uma rua próxima e deveria falar a senha "cabrito" ao agente para que o repasse fosse efetuado.

Entrega do dinheiro tinha até senha para identificar receptor (Foto: Reprodução/ Arquivo Pessoal)Entrega do dinheiro tinha até senha para identificar receptor (Foto: Reprodução/ Arquivo Pessoal)

O homem que receberia o dinheiro, identificado como Marco Antônio, foi preso em flagrante. Ele contou à polícia que entregava as mensagens a mando de Silas e foi indiciado por extorsão.

Fonte: G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!