A proposta do Governo Federal de privatizar o terminal pesqueiro de Natal ainda não foi totalmente esclarecida para o Governo do Estado e empresários do segmento.
O sub-secretário estadual de Pesca e Aquicultura, Antônio Cortez, disse que essa informação não chegou a Secretaria do Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape), mas afirmou que o modelo de gestão está para ser definido brevemente em discussão.
“O assunto será brevemente colocado em pauta de discussão. Não compete ao Governo em definir, deverá ser feito pelo Ministério da Pesca, não é de nossa responsabilidade. Quando a obra for concluída, será entregue ao Ministério”, declarou.
Cortez reforçou que o Estado é parceiro na construção, mas a estrutura e administração competem ao Ministério da Pesca. O superintendente do Ministério da Pesca no RN, Abraão Lincoln Júnior, disse que o assunto não chegou ao órgão. O Ministério da Pesca foi procurado, mas não retornou até o fechamento da matéria.
O presidente do Sindicato da Indústria da Pesca do Estado do Rio Grande do Norte (Sindipesca/RN), Jorge José da Silva Bastos Filho, comentou que esteve em Brasília na última semana em uma visita de cortesia feita ao ministro da Pesca, Helder Barbalho.
“Nessa visita, o ministro disse que quer inaugurar o terminal, mas quem vai tomar conta? Tem que saber mais detalhado, edital não saiu. É delicado se pronunciar”, justificou Jorge. Ele acrescentou que ninguém no setor se pronunciou sobre o assunto e do interesse de administrar o terminal.
Com essa incógnita, as obras do terminal continuam paradas desde 2011, construção iniciada em 2009. Nesses seis anos, foram investidos mais de R$ 35 milhões. Até agora, 95% das obras foram concluídas.
“O terminal está completamente parado e tem obra para ser executada, equipamento a serem instalados, é muita obra pela frente. Dessa maneira, cada um dá seu jeito, mas a dinâmica podia ser bem maior, atraindo outras frotas, maiores embarcações”, declarou Jorge e disparou, “o importante é colocar para funcionar”.
O deputado Federal Rafael Motta (PROS) também solicitou o término das obras do terminal com o ministro Helder Barbalho. Durante o encontro, Barbalho comentou a possibilidade da entrada de capital estrangeiro após a conclusão das obras. De acordo com o ministro, assim que o Terminal Pesqueiro for finalizado pode ser firmado um convênio com americanos e japoneses para o uso de uma tecnologia para acondicionamento do peixe atum. A previsão de investimento é de U$$ 25 milhões.
“A pesca é uma atividade econômica muito importante para o Rio Grande do Norte, e nós fomos ao Ministério pedir investimentos para o setor. Temos 400 quilômetros de litoral, e precisamos fortalecer esse segmento no nosso Estado, como forma de gerar mais emprego e renda”, disse o deputado.
Fonte: Portal JH
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