terça-feira, maio 05, 2015

Fortes rajadas de vento podem voltar a acontecer devido às altas temperaturas

Vento que derrubou teto do RU tinha velocidade média de 43 km/hUma rajada de ventos fortes destruiu o teto do Restaurante Universitário (RU) da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) na tarde do último sábado,
2. De acordo com o meteorologista e professor da Ufersa, José Espínola, a velocidade média dos ventos que atingiram o local era de 43 km/h, o que não é considerado muito forte. Ele afirma que, embora a probabilidade vá diminuindo com o fim do período chuvoso, é possível que ocorram novas ventanias.
"É importante esclarecer ainda que não houve nenhum tornado, pois, para isto, a velocidade do vento deveria ser superior a 120 km/h. Este vento mais forte ocorreu porque as temperaturas estavam elevadas, com mais ar quente, e se formaram as nuvens cúmulos nimbos sobre a região, que possuem maior carga energética e, consequentemente, mais raios e ventos", conta o meteorologista.
José Espínola explica que, comparando com as medidas da escala Beaufort, os ventos que atingiram a Ufersa não podem nem mesmo ser considerados muito fortes. Ele afirma ainda que o RU já desabou outras duas vezes. Já em relação à intensidade dos ventos nas próximas semanas, o meteorologista informa que não é possível prever ventanias como a ocorrida no sábado com antecedência maior que 10 horas, mas que o período de mais ventos na região costuma ser entre os meses de setembro a novembro.
Outro ponto afetado pelo vento foi ainda o telhado do prédio da Fábrica de Ração, ao lado do RU. Na hora do incidente, não havia nenhum estudante no RU, somente nas proximidades, como na biblioteca, que também fica no Campus Leste. Segundo informações da assessoria de comunicação da Universidade, diariamente, o restaurante servia 1.300 refeições e, até que o prédio seja restaurado, os 310 alunos moradores da Vila Acadêmica receberão quentinhas.
"Geralmente, os ventos mais fortes ocorrem de setembro a novembro ou no começo do período chuvoso, quando a temperatura do ar está mais elevada. No entanto, como passamos quase um mês sem chuvas, quando a frente fria chegou, encontrou este ar quente. A tendência é que a frequência destes fenômenos diminua até o fim de maio", explica o climatologista.

Laudo técnico e levantamento de prejuízos deve ser apresentado esta semana

A assessoria de comunicação da Ufersa declarou que, além dos residentes na Universidade, a instituição prestará apoio aos estudantes, transportando-os em veículos próprios até o Restaurante Popular mantido pelo Governo do Estado, conhecido como "Barriga Cheia". Em nota, o reitor da Ufersa, José de Arimatea de Matos, afirmou que a Superintendência de Infraestrutura da Universidade está realizando o levantamento dos prejuízos e deve apresentar laudo de perícia ainda esta semana.
A Ufersa irá buscar recursos para reforma do RU junto ao Ministério da Educação, em Brasília, e, em até uma semana os estudantes que dependem do restaurante passarão a ser atendidos no novo Centro de Convivência, no Campus Oeste.
"Estamos trabalhando para retomar as atividades do restaurante o mais breve possível. O prédio do Centro de Convivência Oeste é recém-construído e está sendo adaptado para receber o refeitório do RU. A adaptação é na parte de água, energia e logística. As mesas e cadeiras já foram transferidas para o novo espaço", afirma o reitor.

Fonte: O Mossoroense

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