Bélgica pedirá extradição de suspeito jihadista preso na Grécia

Um dos suspeitos detidos em Atenas, no sábado (17), "pode ter um vínculo" com a suposta célula jihadista desmantelada semana passada na Bélgica, informou neste domingo (18) um porta-voz do Ministério Público belga, acrescentando

que a Justiça pedirá sua extradição.

"Em relação aos dois suspeitos presos, há um que pode ter um vínculo" com o caso, declarou o porta-voz do Ministério Público belga, Thierry Werts, em entrevista à rede RTL, alegando que "há elementos suficientes para pedir sua extradição".

Werts não quis responder se o indivíduo seria o cérebro da operação, para não comprometer "a segurança da investigação".

Uma fonte policial grega disse que se trata de um argelino de 31 anos, que cumpriu pena de prisão na Grécia, até a primavera de 2014, por roubos. Telefones celulares teriam sido apreendidos durante a detenção dos dois suspeitos, em um bairro central de Atenas.

De acordo com a imprensa belga, o chefe e fornecedor de recursos da célula desbaratada que planejava atentados a policiais e delegacias foi identificado como o belga de origem marroquina Abdelhamid Abaaoud, de 27 anos. Ele já teria combatido nas fileiras do Estado Islâmico na Síria.

Abaaoud teria sido localizado na Grécia, de onde ligava para o irmão de um dos dois jihadistas mortos na quinta-feira passada pela polícia, em Verviers - informou o canal flamengo VTM.

Segundo o jornal "La Dernière Heure", o suspeito também pode estar na Turquia.

O ministro belga da Justiça, Koen Geens, chegou a anunciar que entre os detidos em Atenas não estava o suposto cérebro da organização e que este ainda estaria foragido.

"Continuamos a procurá-lo e acredito que teremos sucesso", desconversou.

O outro homem preso no sábado na capital grega, no âmbito dessa mesma investigação, foi solto neste domingo à tarde sem acusações contra ele - disse à AFP um policial grego, que pediu para não ser identificado.

Na última quinta-feira, pelo menos 13 pessoas foram detidas na Bélgica em uma ação antijihadista. Cinco foram acusadas de "pertencer a um grupo terrorista".

Nas buscas, foram encontradas armas, produtos para fabricar bombas, grande quantia em dinheiro, uniformes de polícia e documentos falsos.

Fonte: Uol