terça-feira, dezembro 23, 2014

Dunga diz que seleção trabalha para fazer Neymar o melhor do mundo

Neymar participa de uma pelada em São Paulo durante a pausa do Campeonato Espanhol. Dunga diz que a seleção trabalhará para torná-lo o melhor jogador do mundo. Foto: DivulgaçãoEmbora seja considerado um dos principais atacantes do futebol mundial, Neymar ainda não apareceu entre os finalistas da Bola de Ouro. Neste ano, os
concorrentes ao prêmio da Fifa e da revista “France Football” são os atacantes Messi e Cristiano Ronaldo e o goleiro Manuel Neuer. Mas se depender do técnico Dunga, em breve o jogador do Barcelona estará entre os finalistas do troféu.

Em entrevista ao “Sportv”, o treinador disse que a seleção trabalhará para ajudar Neymar a ser o melhor jogador do mundo. Segundo o técnico, ao ajudar o seu capitão a estar entre os melhores, a seleção também estará se ajudando a vencer partidas e conquistar títulos. E lembrou que em outros momentos, outras equipes jogaram em função de alguns jogadores como Romário em 1994, seleção da qual Dunga era o capitão, e Pelé nas décadas de 60 e 70.

“Eu falei até que todos nós vamos ajudar o Neymar a ser o melhor do mundo. Ele vai ajudar a seleção brasileira, mas a seleção brasileira, os jogadores, têm que ter a questão de mental de, ajudando o Neymar, ele pode ser o melhor do mundo e a gente pode chegar aos nossos objetivos. Era mais ou menos como em 94. A gente trabalhava para o Romário e para o Bebeto, tem que estar consciente disso. Em outras seleções, todo mundo trabalhava para o Pelé, para o Jairizinho, e trabalhavam Tostão, Gérson, Carlos Alberto. Tem a humildade de fazer a parte coletiva, de trabalhar para uma individualidade, para sermos campeões do mundo.”, afirmou o treinador.

Aos 22 anos, Neymar é capitão e o grande ídolo da seleção e do futebol brasileiro do momento. Mesmo tão jovem, ele já exibe números impressionantes. Seus 42 gols em 59 partidas com a camisa da equipe o colocam na sétima posição entre os maiores artilheiros da história da equipe. A frente dele estão apenas Pelé (95 gols), Ronaldo (62), Romário (55), Bebeto (52), Zico (48) e Jairzinho (44).

Neste ano, ele marcou 15 gols pelo Brasil, embora tenha sido uma temporada frustrante com a perda da Copa do Mundo em casa com direito a uma goleada de 7 a 1 sofrida para a Alemanha na semifinal.

CRESCIMENTO COMO CAPITÃO

Para Dunga, que voltou ao cargo de treinador após o Mundial, Neymar cresceu ainda mais ao receber a responsabilidade de ser o capitão da seleção.

“Ele é novo, uma referência do futebol brasileiro e mundial tecnicamente. Todos os problemas que o Brasil teve em 2014 por essa questão da liderança, a gente tirou o foco dos outros que estavam sendo pressionados e colocou o Neymar porque ele sabe trabalhar bem com a pressão, com a cobrança. Ele não se intimida, para ele não muda nada. Coma faixa de capitão ele incorporou mais, se sentiu mais responsável e está tendo ajuda de outras lideranças”, disse o técnico, comentando também sobre a reclamação de Thiago Silva.

Quando voltou a ser convocado em novembro para os amistosos contra o Japão e a Turquia, o antigo capitão se sentiu desprestigiado por ter perdido a braçadeira. Dunga lembrou que a seleção precisa ter vários líderes.

“Eu fui capitão em uma época que o capitão tinha que ser “casca grossa”. O Brasil naquela Copa (de 1994) não podia errar, era uma geração que havia ganhado tudo, menos a Copa do Mundo e fazia 24 anos que o Brasil não conquistava uma Copa. Todo mundo precisava estar concentrado e com a faca entre os dentes, não podia errar. Aquele tipo de liderança que eu exercia em 94, hoje não seria boa, eu precisaria me adaptar. Posso falar que dentro da seleção não pode ter um só líder. A maioria desses jogadores são líderes dentro dos seus times. Tem que ter um capitão e várias lideranças para dar suporte.”

O treinador disse ainda que o objetivo da seleção é se classificar para a Copa do Mundo da Rússia, em 2018, mas reconheceu que até lá cada amistoso vai parecer final de campeonato. E pregou uma mentalidade vencedora na equipe.

“Os jogadores têm que ter ambição de ganhar. Usa-se um termo (por parte dos jogadores): “Ah, eu quero estar na seleção brasileira”. Tem que ser: “Eu quero ganhar na seleção Brasileira”.”, afirmou o treinador, já avisando que quer o título da Copa América em junho do ano que vem, no Chile.

“O objetivo é a classificação para a Copa. Mas, o Brasil, se tratando de Brasil, amistoso já conta muito. A gente fala que amistoso não vale nada, até perder. Então, alí começa a contar. A Copa América é uma competição oficial e nós temos colocado para os jogadores que eles têm que ganhar (até) treinamento. Imagina a Copa América.”, concluiu.

Fonte: O Globo

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