terça-feira, novembro 25, 2014

RN investiga ao menos 13 casos suspeitos de febre chikungunya e faz alerta

Foto: José AldenirCom 13 casos suspeitos de febre chikungunya sendo investigados atualmente, o Rio Grande do Norte tem intensificado as ações de orientação e capacitação de
profissionais de saúde nos 167 municípios para evitar uma possível epidemia da doença. A proximidade do verão, época propícia para a reprodução do Aedes aegypti e do Aedes albopictus, transmissores da dengue e da febre, também preocupa a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), que pede à sociedade que mantenha os cuidados redobrados contra o surgimento de focos dos mosquitos.

Segundo a coordenadora do Programa Estadual de Controle da Dengue e Chikungunya, Sílvia Dinara, as formas de prevenção são idênticas para ambas as doenças por elas serem transmitidas pelos mesmos vetores e que o mais importante é evitar os criadouros, para impedir a ocorrência de surtos. “Os profissionais de saúde do Hospital Giselda Trigueiro, unidade de referência no Estado, já foram capacitados e todas as informações sobre a notificação dos casos suspeitos estão sendo repassadas para as secretarias de saúde dos municípios”, afirmou.

A diretora técnica do Programa, Cristiane Fialho, disse que o material a ser divulgado contém as medidas necessárias para a prevenção das duas doenças, Ela afirmou que, apesar dos 25 casos suspeitos notificados, sendo 12 já descartados e outros 13 em investigação (11 em Natal, um em Macaíba e um em Mossoró), não há motivo para pânico. No país, conforme dados do Ministério da Saúde, já foram contabilizados 828 casos até o final de outubro.

Para ela, a população deve atuar de forma efetiva para impedir o acúmulo de água parada em vasos de plantas, pneus velhos, garrafas, caixas d’água ou outros objetos que possam atuar como depósito; manter tonéis, barris e outros reservatórios bem fechados; lavar semanalmente os tanques usados para armazenar água e não jogar lixo nas ruas ou terrenos baldios também são medidas bastante eficazes para impedir a reprodução e disseminação dos vetores.

“É uma enfermidade já existente em outros países e que chegou ao Brasil há pouco tempo, mas as pessoas não precisam ficar assustadas porque, mantendo os mesmos cuidados que temos para prevenir a dengue, também podemos evitar a chikungunya, transmitida pelos mesmos mosquitos. Manter a atenção redobrada é essencial para isso e é o que nós estamos divulgando entre a população”, afirmou Cristiane

Na última semana, profissionais de saúde de diversos municípios potiguares participaram de uma atualização técnica sobre a chikungunya e o ebola. A preocupação é devido ao seu alto risco de epidemia, podendo contaminar entre 35% e 75% da população ou mais ainda; a presença dos vetores transmissores da doença no Estado e o fato dela estar presente em todo o país.

Sintomas parecidos com dengue, mas mais dolorosos

Desde o último dia 14 de novembro, o Laboratório de Virologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) tem condições de desenvolver estudos e analisar casos suspeitos da enfermidade no Estado. Apesar disso, só atenderá as situações mais complicadas e com indicação médica, já que o protocolo tem um custo muito alto e está voltado para a área da pesquisa. O interesse foi gerado pelo fato do Estado ter 13 municípios com risco de registrar infestação do Aedes aegypti.

De acordo com informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), os sintomas da chikungunya são parecidos com os da dengue, como febre, dor nas articulações, de cabeça e muscular, náusea e manchas avermelhadas na pele. Entretanto, são mais dolorosos. Podem durar entre dez e 15 dias, desaparecendo em seguida, mas há relatos em que as dores articulares podem permanecer por meses ou anos. As complicações, raras, são relacionadas aos sistemas cardíaco e neurológico, principalmente em pacientes idosos.

Ainda assim, conforme a OMS, a doença causada pelo vírus do gênero Alphavirus mata menos que a dengue, com quadros menos severos que esta, principalmente em termos de produzir casos graves e hospitalizações. Até o momento, não foi descoberto um tratamento eficaz para curar a infecção ou vacina para preveni-la, sendo assim, é indicado o uso de antipiréticos e analgésicos para aliviar os sintomas.

Fonte: Portal JH

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