quinta-feira, julho 31, 2014

Rebelião em presídio de segurança máxima de Vilhena já dura mais de 5h

Rebelião no presídio de Vilhena, RO (Foto: Renato Barros/TV Vilhena)Já passa de cinco horas a rebelião no presídio de segurança máxima de Vilhena (RO), município a cerca de 700 quilômetros de Porto Velho. Um juiz, um promotor de Justiça,
policias do grupo de inteligência da Polícia Militar e a Secretaria de Estado de Justiça tentam negociar o fim do motim que começou por volta das 20h (21h no horário de Brasília). Cumprem pena no presídio, 216 detentos do regime fechado.
De acordo com a Polícia Militar (PM), as duas alas - A e B - foram tomadas pelos presos, que cortaram a energia do local e colocaram fogo em lençóis e colchões. Na ala A ficam os presos com menor grau de periculosidade. A polícia tenta entrar por esta ala. Os presos da ala B invadiram o corredor e como os portões são eletrônicos, os policiais não conseguem entrar. O líder do movimento ainda não foi identificado e a PM trabalha com a hipótese de um motim geral.
A Secretaria de Estado de Justiça (Sejus) e o comandante da PM, Paulo Gonçalves, informaram que os presos reclamam da visita e banho de sol, mas nenhuma lista oficial de reivindicações foi apresentada. Segundo a Sejus, não há motivos para a rebelião, pois todos os presos têm direito a visita e ao banho de sol. "As duas alas foram tomadas e a polícia tenta negociar com os presos", diz Gonçalves.
Familiares dos presos começaram a chegar por volta das 23 h no presídio que fica na BR-364, distante cerca de 15 quilômetros da região central de Vilhena. A visita, que acontece todas as sextas-feiras, foi suspensa temporariamente em virtude da ação dos presos.

Rebelião no presídio de Vilhena, RO (Foto: Renato Barros/TV Vilhena)Rebelião no presídio de Vilhena, RO
(Foto: Renato Barros/TV Vilhena)
Pelo menos cinco presos estão feridos e foram retirados do presídio pelo Corpo de Bombeiros e servidores da Secretaria de Estado de Justiça (Sejus) e levados para atendimento no Hospital Regional. A esposa de um detento, Letícia Lima, contou ao G1 que passou na unidade de saúde, mas os nomes dos presos não foram informados. "Estamos sem notícia. A polícia não informa nada. Não sabemos se tem feridos ou mortos. O que disseram é que a visita está suspensa", diz Letícia.
As mulheres de alguns presos entraram no presídio a pedido dos presos para ajudar nas negociações.
O presídio
O Centro de Ressocialização Cone Sul foi inaugurado em 2012 e tem capacidade para 256 presos. Em maio, oito presos fugiram após o banho de sol, mas a falta deles só foi percebida no dia seguinte após a contagem. Dos oito, seis continuam foragidos.

Reprodução Cidade News Itaú via G1

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