terça-feira, maio 06, 2014

Venezuela vive mais um dia de protestos violentos

Veículo da Guarda Nacional é incendiado em Caracas, na Venezuela, nesta segunda-feira (5) (Foto: Geraldo Caso/AFP)A Venezuela viveu nesta segunda-feira (5) um novo dia de protestos com incidentes violentos com pelo menos dois veículos queimados, um na capital Caracas e outro na cidade
de San Cristóbal, no oeste do país, e também com um incêndio na Universidad Fermín Toro, em Barquisimeto, no noroeste.
"Neste momento estão ateando fogo em um veículo de transporte da GNB (Guarda Nacional Bolivariana, a polícia militar da Venezuela) na Av. Francisco de Miranda, assim como em veículos na Universidad Fermín Toro, em Barquisimeto", informou o chefe do Comando Estratégico Operacional das Forças Armadas, o general Vladimir Padrino, através do Twitter.
O prefeito Ramón Muchacho do município de Chacao (região metropolitana de Caracas), onde um veículo da GNB foi incendiado, também afirmou pelo Twitter que um "grupo de mascarados" foi responsável pelo incidente.
De manhã, o ministro do Petróleo e Mineração e presidente da estatal petrolífera PDVSA, Rafael Ramírez, também denunciou que um caminhão de fornecimento de gás foi incendiado na cidade de San Cristóbal.
"Os grupos terroristas acabam de queimar um caminhão de distribuição de gás em San Cristóbal. Nós seguiremos trabalhando. Venceremos!", escreveu o ministro no Twitter.
A Venezuela vive uma onda de protestos pacíficos contra as políticas do governo, liderados pela oposição e estudantes desde o dia 12 de fevereiro, que terminaram, em algumas ocasiões, em incidentes violentos e que deixaram até agora um saldo de 41 mortes e mais de 700 feridos.

Direitos humanos
A organização Human Rights Watch (HRW) denunciou violações dos direitos humanos contra manifestantes opositores na Venezuela - incluindo a tortura -, com o objetivo de punir a dissidência política, segundo um relatório divulgado nesta segunda-feira sobre os protestos, que deixaram 41 mortos.
A HRW encontrou "evidências convincentes de graves violações de direitos humanos cometidas por membros das forças de segurança" e funcionários judiciais na Venezuela, em 45 casos que envolvem mais de 150 vítimas, afirma o relatório publicado em Washington.
Os integrantes das forças de segurança também permitiram que grupos armados partidários do governo atacassem civis que não estavam armados, e em alguns casos colaboraram abertamente com eles, segundo o documento de uma centena de páginas intitulado "Castigados por protestar".
Os casos incluem violações do direito à vida, agressões físicas, detenções arbitrárias e descumprimento do devido processo, assim como torturas e tratamentos cruéis contra opositores que saíram às ruas desde fevereiro para protestar contra o governo do presidente Nicolás Maduro.

Reprodução Cidade News Itaú via G1

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