quarta-feira, maio 21, 2014

Morre em Salvador o arquiteto João Filgueiras, o Lelé

 http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/O arquiteto João Filgueiras Lima, o Lelé, morreu nesta quarta-feira, 21, aos 82 anos, no Hospital Sarah Kubitschek, em Salvador. Lelé enfrentava uma luta contra o câncer no fígado há alguns anos, de acordo com o radialista e ex-prefeito Mário Kertész, que
trabalhou com o arquiteto e era amigo pessoal dele.
O corpo será velado na igreja Ascensão do Senhor, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), que também foi projetado pelo arquiteto, assim como o próprio Hospital Sarah Kubitschek. O horário e local do enterro ainda não foram definidos, mas vai acontecer em Brasília, onde a família de Lelé mora. O arquiteto, que trabalhou com Oscar  Niemeyer, deixa mulher, três filhas e netos.
O carioca estava radicado há mais de 30 anos na Bahia, onde deixa um legado arquitetônico, como algumas passarelas de Salvador e os prédios do Tribunal de Contas, no CAB, e da prefeitura municipal, no Centro Histórico. "Foi um dos arquitetos que trouxe intervenções mais importantes para Salvador", disse Mário Kertész, que trabalhou com ele durante sua gestão na prefeitura. Ele também deu o filho para Lelé batizar.
Além de Salvador, o arquiteto também fez projetos importantes em outros estados, como Rio de Janeiro. Sua carreira ainda conta com a participação na equipe de Niemeyer durante a construção de Brasília. Essa experiência influenciou a obra de Lelé.

Notas de pesar
Personalidades e entidades da sociedade civil divulgaram notas de pesar pela morte de Lelé. Confira:
"As obras que Lelé projetou em Salvador ajudaram a consolidar o perfil cosmopolita da cidade. O Hospital Sara, o Centro Administrativo, as passarelas em vários pontos da cidade e o prédio da Prefeitura, construído em menos de 20 dias, são exemplos da criatividade de João Filgueiras Lima que, sem dúvida, foi um dos mais importantes arquitetos do Brasil. À família de Lelé, o meu sentimento de pesar", ACM Neto, prefeito de Salvador.
"A morte de Lelé significa a perda de um profissional  de extrema solidariedade, comprometido com a dimensão  ética da arquitetura, que colocou seu domínio completo da arte de projetar e construir a serviço sobretudo de obras públicas em  programas sociais. Por falta de uma cultura arquitetônica maior, o País talvez não tenha conhecimento exato dos méritos dele, do quanto ficamos empobrecidos culturalmente nesse momento. E justamente quando a sociedade exige cidades com espaços e equipamentos coletivos de boa qualidade, frutos de propostas criativas, uso com sabedoria da tecnologia e economicidade. Além disso, do ponto de vista pessoal, perco meu mestre e amigo, pois com ele trabalhei de estudante até agora", Haroldo Pinheiro, presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR).
"Quero prestar minha solidariedade à família de Lelé, um arquiteto que soube, como poucos, unir, nos muitos projetos realizados em várias partes do Brasil, os traços e linhas da sua técnica a uma forma artística, expressando toda a sua criatividade", Jaques Wagner, governador da Bahia.
"Lamento profundamente a morte, nesta quarta-feira (21), em Salvador (BA), de João da Gama Filgueiras Lima, mais conhecido como "Lélé", um dos maiores arquitetos brasileiro de todos os tempos, responsável por intevenções elegantes e funcionais em diversos espaços das cidades do Brasil. O trabalho de Lelé chama a atenção para a importância do mobiliário urbano na qualidade de vida das pessoas e para o diálogo altivo entre a excelência do designer contemporâneo e a riqueza do patrimônio histórico", Carlos A. Amorim, superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional na Bahia (IPHAN-BA).

Reprodução Cidade News Itaú via Portal A Tarde

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