segunda-feira, maio 05, 2014

Defesa de jovem baleado pela polícia em Natal quer a Corregedoria no caso

Henrique Maurício, de 20 anos, foi cirurgiado e passa bem (Foto: Sérgio Costa/Portal BO)A defesa do auxiliar de serviços gerais Henrique Maurício de Souza, de 20 anos, baleado durante uma operação policial na madrugada deste último sábado (3), em Natal, afirma que vai entrar com uma representação na Corregedoria da
Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Norte para solicitar a apuração do caso. De acordo com o advogado Carlos Castim, a família ainda não cogita pedir indenização ao Estado. "Mas, se ficar confirmado o erro da Polícia Civil, esta é uma possibilidade", ponderou.
Castim compõe a equipe de advogados que representam a defesa de Henrique Maurício. o advogado confirmou que, nestes primeiros dias, vai reunir as informações sobre o que aconteceu durante a operação para poder rebater a versão apresentada pela Polícia Civil.
Em nota emitida neste domingo (4), a Delegacia Geral afirmou que o jovem "foi alvejado porque reagiu" e diz que "o uso da arma de fogo foi proporcional e escalonado, dentro dos ditames legais". Para Carlos Castim, as informações são improcedentes. “Como alguém descarrega seis tiros e diz que foi moderado?”, questiona.
Ainda segundo Castim, o ASG foi atingido por seis disparos. “Entretanto, depois que ele foi levado para o hospital, eu falei com a delegada Karla Viviane, que comandava a ação. Ela me disse que ele havia sido atingido por dois tiros e que estava bem”, acrescentou o advogado.
Castim também discorda da afirmação que diz que Henrique Maurício teria reagido. “Ora, ele saiu de cueca de dentro de casa para ver o cachorro, que estava latindo. “Também temos informação de que a ação começou antes das 5h, o que não é permitido por lei. Uma policial teria se precipitado em virtude do latido do cachorro. Houve precipitação, susto, imperícia e falta de controle de comando”, afirmou.
Ainda de acordo com o advogado, a defesa está preocupada, inicialmente, em evitar que episódios como este se repitam. “É a segunda falha em menos de um mês cometida pela Polícia Civil do Rio Grande do Norte. A instituição tem muitos bons agentes e delegados, mas tem muita gente jovem, inexperiente e sem preparo para assumir o comando de operações como esta”, criticou.

Reprodução Cidade News Itaú via G1

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