sábado, novembro 02, 2013

Funcionário de multinacional desvia mais de R$ 1 milhão em cargas

Foi preso na tarde de ontem um funcionário de empresa multinacional de grãos que desviou várias cargas de farelo de soja da empresa e vendeu por um valor muito abaixo do mercado. Jean Carlos Vaz de Oliveira Rodrigues, de 23
anos, trabalhou na empresa por cerca de cinco meses e pediu demissão na última segunda-feira, depois de ter finalizado o golpe. No dia seguinte, representantes da multinacional, que já desconfiavam do funcionário, registraram um boletim de ocorrência sobre o desvio das cargas.

O acusado já havia vendido o farelo de soja desviado, por um valor próximo a 35% da média de mercado, e havia recebido o pagamento em forma depósito na conta pessoal.  O valor estimado de prejuízo da empresa em que ele trabalhava e as outras duas para as quais efetuou a venda é de R$ 1 milhão e 300 mil. Depois de registrado o BO pela empresa, a Polícia Civil já investigava o suspeito e ele foi preso em flagrante no momento em que tentava sacar uma parte dos pagamentos no banco. De acordo com o delegado responsável pelo flagrante, Josimar Antônio da Silva, o rapaz confessou todo o esquema em depoimento, revelando que apenas teve a ideia do golpe na semana passada.

“Ele atuava no setor de venda e negociação dos farelos de soja e encontrou uma forma de burlar o sistema da empresa. Para registrar a saída das cargas, ele indicava na nota o nome de um cliente fixo da multinacional e usava notas frias para registrar a entrada para o cliente”, explicou o delegado. Em depoimento, o funcionário ainda contou ter alegado na carta de demissão que iria sair do país, depois de um desentendimento amoroso. Ele já negociava a compra de uma casa em Santa Catarina e planejava viver de aplicações do valor desviado.

Uma das empresas é de Piraí do Sul, mas apesar de ter realizado o pagamento, não chegou a receber a carga. A outra empresa, que recebeu 19 caminhões carregados com farelo de soja, é da cidade de Porto União, em Santa Catarina. Cada caminhão tem capacidade de 35 toneladas, em média.

 “A seção de Furtos e Roubos continua agora com as investigações. As empresas também serão autuadas por receptação e tentativa de receptação, no caso daquela que não recebeu a carga. Já o acusado, será autuado por tentativa de estelionato, por não ter chegado a acessar o dinheiro do desvio de carga”, esclareceu o delegado. Jean, entretanto, adquiriu recentemente um veículo zero quilômetro, mas alega que foi comprado com dinheiro economizado anteriormente. “Se a investigação apontar que o carro foi comprado com o dinheiro do desvio, o caso passa a configurar como estelionato”. Jean teve a fiança arbitrada em R$ 10 mil, mas até o fechamento desta edição, continuava preso na 13ª SDP.

Reprodução Cidade News Itaú

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