domingo, março 03, 2013

Municípios esperam por milagre


Dezenas de prefeitos da região Oeste se reuniram nessa sexta-feira, 1º, em Mossoró, para acompanhar a posse da nova diretoria da Associação dos Prefeitos do Rio Grande do Norte (AMORN). A prefeita Cláudia Regina assume o comando da instituição garantindo buscar um consenso para a elaboração de projetos que permitam o desenvolvimento da região de forma paritária ou, pelo menos, de maneira menos injusta. Mas os desafios são muitos e as preocupações maiores ainda. Enquanto os discursos prometiam avanços e mudanças, nas mesas, os gestores revelavam a grave situação que vivem no dia-a-dia, principalmente nos pequenos municípios.
Cláudia Regina propôs o primeiro encontro da Associação para o final do mês no município de Apodi, tendo como foco a “convivência com a seca”. O tema não poderia ser mais oportuno, visto que, além do grave regramento financeiro pelo qual passam os pequenos municípios, a falta de chuvas tem ampliado os problemas sociais. Os rebanhos estão morrendo por falta de alimento e a falta de água começa a atingir a população.
Para se ter uma ideia da situação, o município de Luís Gomes, na tromba do elefante, está há quase dois anos sem ter uma gota de água nas torneiras. O problema se agravou tanto que houve uma queda drástica na venda do comércio e muitos empresários estão fazendo as malas. A migração é uma realidade fatídica do município. A solução para a cidade seria a adutora alto Oeste, mas, infelizmente, sem chuvas, talvez a iniciativa não tenha resultados positivos.
O problema é que a adutora tem como fonte principal o açude público de Pau dos Ferros, mas o manancial agoniza com menos de 20% de sua capacidade. Como a adutora atenderá diversos outros municípios, a preocupação é que os pauferrenses se tornem as próximas vítimas da seca. O prefeito Fabrício Torquato não esconde a preocupação e reza para que a estiagem não se repita em 2013.
O comércio de Pau dos Ferros é basicamente o motor do desenvolvimento do alto Oeste e, caso sofra os mesmos fenômenos de Luís Gomes, pode provocar um declínio drástico para região. Nas cidades pequenas, a crise pode ser ainda pior porque, além de sofrer com o desabastecimento, as prefeituras não encontram outras fontes de receita além do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Algumas ações estão sendo discutidas, mas, por enquanto, tudo ainda anda no campo da possibilidade.

Reprodução Cidade News Itaú

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