Morreu
na manhã deste sábado (2) mais uma vítima da tragédia na boate Kiss, em Santa
Maria (RS). Pedro Falcão Pinheiro, 25, estava internado desde 27 de janeiro, o
dia do incêndio, no Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre.
Com
isso, sobe para 240 o número de mortos na tragédia da casa noturna. Pinheiro é
o sexto ferido em estado grave a morrer internado na capital gaúcha. O último
havia sido Rodrigo Taugen, 29, no dia 11 de fevereiro.
Nas
últimas semanas, a situação de saúde de Pedro Falcão Pinheiro gerou uma
mobilização por mais doações de sangue em Porto Alegre. Amigos e apoiadores
criaram um movimento de ajuda nas redes sociais que usava a expressão
#forçapedro.
Pinheiro
morava em Santa Maria. Segundo seu perfil no Facebook, ele nasceu na cidade de
Santana do Livramento, trabalhava na América Latina Logística e estudava na
universidade Unifra.
Cinco
semanas após o incêndio, cerca de 20 sobreviventes ainda estão internados em hospitais
de Porto Alegre e de Santa Maria. Mais de 120 pessoas que precisaram ser
hospitalizadas logo após o incêndio já receberam alta.
O
Ministério da Saúde promete manter um acompanhamento médico de até cinco anos
desses sobreviventes. (FELIPE BÄCHTOLD)
PRISÃO
PREVENTIVA
A
Justiça do Rio Grande do Sul decretou nesta sexta-feira (1°) a prisão
preventiva de quatro suspeitos presos após o incêndio da boate Kiss, em Santa
Maria, em janeiro.
Estão
detidos desde o dia seguinte à tragédia o vocalista da banda Gurizada
Fandangueira, Marcelo Jesus dos Santos, o produtor do grupo, Luciano Bonilha
Leão, e dois sócios da casa noturna: Mauro Hoffmann e Elissandro Spohr.
Os
quatro permaneciam presos devido a uma ordem de prisão temporária, que venceria
já no próximo domingo.
LAUDOS
Os
policiais pretendem colher novos depoimentos dos suspeitos presos. A data do
encerramento do inquérito que apura as circunstâncias do incêndio ainda não
está definida. Havia a previsão de terminar a investigação nesta semana, mas o
prazo foi estendido.
A
polícia fala agora em mais dez dias de apuração. Além do grande número de
depoimentos, também pesa a quantidade de análise de documentos, como licenças.
Um
outro fator é a chegada de laudos com resultados de perícias. Os policiais
aguardam os resultados de exames, feitos pelo Instituto Geral de Perícias do
Estado, que vão apontar as causas das mortes, informação imprescindível para as
conclusões do inquérito.
Segundo
o delegado Meinerz, já há a informação preliminar dos peritos de de que vítimas
morreram intoxicadas com cianeto, gás liberado durante o incêndio da casa
noturna.
Com
essa confirmação, haverá um agravante a ser considerado nas responsabilidades
dos indiciados.
Reprodução Cidade News Itaú
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