segunda-feira, dezembro 17, 2012

Amador diz ter decifrado código da 2ª Guerra achado em pombo morto



Um canadense amador disse ter decifrado uma mensagem secreta da Segunda Guerra Mundial encontrada por um britânico em sua chaminé atada aos restos de um pombo-correio.

A mensagem - que havia atraído a atenção da mídia internacional - foi enviada no início de novembro para um departamento especializado do Ministério da Defesa britânico, que diz não ter conseguido decifrá-lo até agora.

Gord Young, de Ontario, no Canadá, disse ter levado apenas 17 minutos para decifrar a mensagem após notar que um livro que recebeu como herança tinha a chave para o código.

Young afirma que a mensagem de 1944 usa um código simples da Primeira Guerra Mundial para detalhar as posições das tropas alemãs na região da Normandia, na França.

O Ministério da Defesa britânico se disse interessado em analisar a solução proposta pelo canadense, mas mantém sua posição de que a mensagem é quase impossível de decifrar.

"Mantemos nossa declaração de 22 de novembro de 2012, de que sem acesso aos livros de códigos relacionados e os detalhes sobre qualquer método de codificação adicional utilizado, essa mensagem será impossível de decifrar", disse um comunicado do ministério.

"Também é impossível verificar qualquer solução proposta, mas aquelas feitas sem a referência ao material criptográfico original são provavelmente incorretas", acrescenta o comunicado.

Editor de uma newsletter local de história, Young afirma que o código não é complexo e que "o pessoal está exagerando na questão".


Pombo perdido
A mensagem havia sido descoberta pelo britânico David Martin, de 74 anos, quando ele limpava a chaminé de sua casa no condado de Surrey, no sudeste da Grã-Bretanha.

Em meio à sujeira, ele encontrou partes do pombo morto - incluindo uma perna à qual havia uma cápsula vermelha atada. Dentro da cápsula, havia um pequeno pedaço de papel com as palavras "Serviço de Pombo" e 27 blocos de código escritos à mão.

Uma associação britânica dedicada à proteção de pombos especula que o animal deveria estar levando uma mensagem secreta durante a Segunda Guerra Mundial e que talvez tenha se perdido no trajeto, devido ao mau tempo, ou cansado da longa viagem pelo Canal da Mancha.

Especialistas acreditam que o pombo estava a caminho de Bletchley Park, a cerca de 130 km da casa de David Martin, onde havia uma base especial de operações do departamento de espionagem britânico.

Livro do tio-avô
Gord Young afirmou ter usado um livro de seu tio-avô, aviador de um esquadrão canadense da Força Aérea britânica. Ele disse ter sido possível descobrir a chave para o código em questão de minutos.

Ele acredita que a mensagem foi escrita pelo sargento William Stott, de 27 anos, que havia desembarcado na Normandia - com pombos-correio - para passar informações sobre as posições alemãs. Stott foi morto poucas semanas depois e está enterrado em um cemitério da Normandia.

Segundo Young, o código é simples e se baseia em acrônimos.

Cerca de 250 mil pombos foram usados durante a guerra, e cada um recebeu um número de identificação.

A mensagem traz dois números de identificação de pombos na mensagem - NURP.40.TW.194 e NURP.37.OK.76. Segundo Young, os dois pombos teriam sido enviados por Stott, com mensagens idênticas, para garantir que a informação chegasse ao seu destino.

"Essencialmente, Stott foi ensinado por um treinador da Primeira Guerra Mundial", diz Young.

"Você pode ver que na Primeira Guerra Mundial os acrônimos são mais curtos, mas isso é porque, temos que lembrar, os rádio-transmissores que enviavam o código Morse funcionavam a baterias, e elas não duravam mais do que meia hora, talvez menos", observa.

Fonte: Diário de Pernambuco/Cidade News Itaú

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