domingo, setembro 23, 2012

Queda nas exportações do Rio Grande do Norte é atribuída à seca


A queda nas exportações do Rio Grande do Norte no mês de agosto vem sendo atribuída em grande parte à seca na região. 
De acordo com os dados divulgados pelo Centro Internacional de Negócios do RN, houve uma queda de 40%, no mês de agosto, em relação ao mesmo mês de 2011. 
As exportações do RN foram de US$ 20,1 milhões, em agosto de 2011, enquanto no mês deste ano foi de apenas US$ 12,1 milhões, o que significa uma retração de quase 40%. 
Com isso, no acumulado do ano de 2012, o valor exportado pelo RN nos oito primeiros meses deste ano alcançou US$ 149,6 milhões. 
Para os especialistas em exportações, a queda nas exportações deve-se também a fatores como a redução no setor têxtil e de confecções, com o fechamento da planta da Coteminas em São Gonçalo do Amarante, e contrato da Atlântico Tuna com os japoneses, que diminuíram os barcos que realizavam pesca de atum no estado. 
Além disso, houve queda no setor salineiro, que não consegue mais alcançar o mercado exterior. 
Para o presidente da Companhia Docas do Rio Grande do Norte (CODERN), Pedro Terceiro de Melo, enquanto no mês de agosto as exportações registraram queda, principalmente em consequência da seca, já que a castanha do caju é um dos principais itens da pauta de exportações no porto de Natal, a situação é inversa. “Existe uma queda no comparativo com o mês de agosto, principalmente pela redução das exportações de castanha de caju, ocasionada pela seca, mas em termos gerais, existe um equilíbrio e acreditamos que teremos superávit nas exportações no fechamento do ano, já que o porto de Natal registrou aumento de 200% nas exportações no primeiro semestre e com o início da exportação de frutas e minério de ferro a situação tende a se normalizar e até melhorar”, disse. 
Para reverter a situação, a Codern já iniciou as obras de ampliação e reestruturação do Porto de Natal e tem participado de ações voltadas para a ampliação das exportações de melão para o estádios Unidos.

Exportação de melão para EUA vai melhorar exportações
Terceiro Melo, presidente da Codern e também vice-presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN), esteve presente na missão que foi aos Estados Unidos na semana passada para negociar a exportação de Melão para os norte-americanos. Na comissão, estiveram presentes representantes da CNI, da FIERN, do Comitê Executivo de Fitossanidade do Rio Grande do Norte (COEX), de entidades que defendem os interesses do setor de fruticultura e instituições que promovem o comércio internacional. 
O grupo tratou da alteração do período de isenção do pagamento de tarifas pelos produtores da fruta que comercializam no mercado norte-americano. 
Para vender, os produtores brasileiros de melão pagam taxas elevadas nos Estados Unidos, o que dificulta a comercialização. Atualmente, há uma “janela”, período no qual essas tarifas são suspensas, entre os meses de dezembro e maio. Fora desse período, as taxas chegam a 28%. O problema é que a “janela” é em meses considerados inviáveis para a produção local. 
Os produtores querem outro período, que tenha viabilidade para o aumento das vendas. A reivindicação é que a “janela” seja de setembro a fevereiro. “As autoridades com as quais dialogamos durante a missão foram receptivas, consideram que é possível reavaliar a ‘janela’. O diálogo vai prosseguir e há grande chance de que tenha êxito”, comentou o vice-presidente da FIERN e presidente da Codern, Pedro Terceiro Melo.

Fonte: Defato/Cidade News Itaú

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