quarta-feira, agosto 01, 2012

Carla Ubarana quer acareação com desembargadores


 (Fábio Cortez/DN/D.A.Press)
A ex-chefe da Divisão de Precatórios do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJ-RN), Carla Ubarana, espera pela acareação com os desembargadores Rafael Godeiro e Osvaldo Cruz, que segundo ela, eram os únicos que poderiam assinar qualquer liberação de recursos dos precatórios do TJ. "Estou esperando pelo momento da acareação", afirmou ao DN.

A acareação entre o desembargador Rafael Godeiro e Ubarana, marcada inicialmente em Brasília foi transferida para Natal em 13 de junho último. O motivo da transferência legado pela defesa era que a servidora não tinha condições financeiras de arcar com os custos da viagem. A audiência foi reaprazada e até o momento não ocorreu. A assessoria de Imprensa da Justiça Federal informou que foram recebidas duas cartas de ofício enviadas pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ) para Secção Judiciária do Rio Grande do Norte contendo instruções para a acareação entre Ubarana e os desembargadores. No entanto, a data para que o encontro ocorra não foi divulgada.

Carla reafirmou seu desejo de que acareação finalmente aconteça: "A presidente do Tribunal procurou passar para imprensa que eu era a pior das piores sem lembrar de citar que existiam os chefões que tinham poder. Eles eram os únicos que assinavam todas as liberações. Agora estou esperando pelo momento da acareação", disse a servidora.

O casal Ubarana reafirma o pedido de nulidade da comissão de inspeção presidida pelo desembargador Caio Alencar. Carla acusa a presidente do TJ, desembargadora Judite Nunes, de criar uma inspeção ilegal sob a responsabilidade do desembargador Caio Alencar. "Eles fracionaram a inspeção, que deveria analisar os quatro anos - de 2007 a 2011 e fizeram apenas 1/8 para criar um argumento falso, pois existia um prazo para fechar um processo para que eu fosse condenada".

Processo fracionado

Segundo ela, o processo fracionado foi levado ao Ministério Público o que resultou na prisão de dela e de seu marido, George Leal, por 51 dias. "Só fomos soltos após ainterferência da lá de cima - CNJ, STJ, Polícia Federal," explicou.

Ubarana afirma que mesmo com a transformação da prisão domiciliar em liberdade provisória existe um grande temor pela segurança física. "Só podemos ficar dentro de Natal e não podemos sair de casa entre as 20h e 6h, com assinaturas semanais. Ficou tudo muito fechado e com alto risco para nossa segurança. Um exemplo foi o dia em tentaram entrar em nossa casa e como foi após as 20h, George teve que mandar nosso filho questionar o porteiro para aonde teriam ido os ladrões".

A situação de insegurança levou o casal a contatar embaixadas estrangeiras sob um possível pedido de asilo político. A notícia foi publicada com exclusivamente na edição do Diário de Natal da última quinta-feira. "Reafirmo que isso somente poderemos fazer obrigatoriamente depois conhecermos a decisão judicial", ressalva.

PAD

Carla criticou as decisões tomadas pela presidente do Tribunal de Justiça do RN Judite Nunes, principalmente com respeito ao Processo Administrativo Disciplinar (PAD). "As duas vezes que a presidente citou a inspeção presidida pelo desembargador aposentado Caio Alencar aconteceu de forma inusitada. A primeira foi quando os desembargadores 'chefes da operação´ reclamaram da dita inspeção. Ela não teve a menor preocupação de enquadrar o caso no Regimento Interno do Tribunal de Justiça", acusa.

Em outro momento, segundo Carla Ubarana, a desembargadora teria sido evasiva em relação a atos da comissão de inspeção. "A presidente saiu com uma resposta inadequada e totalmente fora dos padrões afirmando que a Comissão Nacional de Justiça não acolheu a nulidade da comissão. Mais uma resposta errada", dispara. "Não foi analisada a formação da inspeção pelo regimento interno. Ele foi praticamente rasgado quando ela disse que os outros desembargadores tinham feito do mesmo jeito." 

Fonte: DN Online/Cidade News Itaú

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