| Grêmio |  | 0 | x | 1 |  | Atlético-MG |
| Técnico: Vanderlei Luxemburgo | Técnico: Cuca |
Dribles mágicos e precisas assistências estiveram no repertório de Ronaldinho Gaúcho no ápice. Neste domingo, como se 'encarnasse' os melhores momentos do meia, Bernard deu dois chapéus em sequência nos marcadores gremistas, cruzou e Jô fez o gol da vitória do Atlético-MG por 1 a 0 sobre o Grêmio, no Olímpico. Após sete rodadas, o alvinegro de Belo Horizonte assumiu o primeiro lugar no Campeonato Brasileiro.
O 'chapeuzinho' consiste em driblar o marcador jogando a bola por cima dele e pegando em seguida. Também conhecido como lençol ou balãozinho. Bernard pode não ter certeza sobre a nomenclatura, mas a execução da jogada foi perfeita, duas em sequência. O torcedor do Grêmio, que muito viu isso sair dos pés de Ronaldinho, como contra Dunga, em 1999, num Gre-Nal, ou ainda pela seleção brasileira no mesmo ano, só acompanhou Jô empurrar para a rede.
A vitória deixa os mineiros com 16 pontos, em primeiro no nacional. A derrota - segunda em casa na 'Era Luxemburgo' no Grêmio - faz a equipe parar nos 12, perdendo alguns postos no certame.
A pressão sobre Ronaldinho Gaúcho foi vista novamente no Olímpico. Quando anunciado no sistema de som o nome do meia, houve uma vaia tão forte que possivelmente fosse ouvida até mesmo fora do estádio gremista. Quando entrou em campo, o clima se repetiu. Aos gritos de "Pilantra" a torcida tricolor mostrou que R49 não era bem vindo no estádio em que tantas vezes jogou com apoio vindo das arquibancadas.
Em campo, o meia só tocou na bola aos 11 minutos do primeiro tempo. Até então, o Grêmio foi superior, mas sem criar boas oportunidades de gol. Mas o primeiro toque do armador dos mineiros foi como um marco na partida. A partir dos 11 minutos de primeiro tempo, a paridade de forças se fez, mas ao mesmo tempo houve igualdade na falta de oportunidade clara. Até os 20 minutos, Giovanni e Marcelo Grohe foram meros espectadores do jogo.
Até os 25 minutos, quando Bernard fez algo com a cara de Ronaldinho. Foram dois chapéus nos marcadores em sequência, lembrando o feito pelo craque quando na seleção brasileira, em 1999. Em projeção pela esquerda, Bernard foi solidário e cruzou para Jô marcar. Um golaço, digno de R49 nos tempos em que vestia a 10 do Grêmio, da seleção ou ainda do Barcelona.
A resposta gremista veio só aos 39 minutos. Anderson Pico cruzou da esquerda e Marcelo Moreno cabeceou. A bola chegou a passar pelo goleiro, mas foi fraca e deu tempo para ele se recuperar e segurar A pressão seguiu. Kleber driblou dois marcadores e cruzou para Zé Roberto, que perdeu aos 42 da primeira etapa. Ao fim do primeiro tempo: 1 a 0 para o Atlético-MG.
O Grêmio saiu para o ataque em desespero no segundo tempo. Logo aos 7 minutos, Zé Roberto recebeu de Kleber e buscou o ângulo direito de Giovanni, que não alcançaria mas viu a bola sair para tiro de meta. O nervosismo era tanto que aos 20 minutos Pierre estava caído, mas o time gaúcho 'esqueceu' o fair play e seguiu a jogada, arrancando reclamações dos visitantes. Nada aconteceu e o jogo seguiu.
Aos 22 minutos, o Atlético-MG usou a arma que lhe coube: o contra-ataque. A defesa do Grêmio estava completamente desorganizada. O time mineiro trocou passes da esquerda para a direita e Jô, livre, recebeu por fim. De dentro da área ele chutou e Marcelo Grohe fez milagre.
Se o quadro já era complicado, piorou aos 37 minutos. Anderson Pico atingiu um adversário e, mesmo sem ter cartão amarelo, levou o vermelho. Na reestreia pelo time tricolor, após muito 4 anos sendo emprestado, ele justificou a falta de apreço que tinha no clube e prejudicou a equipe. Ao Grêmio restou sofrer a cada minuto, lamentar a derrota e mudar o destinatário das vaias. Antes para Ronaldinho Gaúcho - que se despede do Olímpico com vitória - agora para o time.
Fonte: Uol Esporte/Cidade News Itaú
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