terça-feira, junho 12, 2012

Médicos federais do RN promovem paralisação nesta terça


Joana Lima
Geraldo diz que governo que acabar com a saúde pública
Durante toda esta terça-feira (12) os médicos federais de todos os estados do país irão promover um dia de paralisação na rede pública de saúde. A ação é contra a medida provisória 568 do governo federal que, segundo o presidente do Sindicado dos Médicos no Rio Grande do Norte (Sindmed-RN), Geraldo Ferreira, reduz o salário dos médicos em 50%. Em Natal a manifestação irá ocorrer em frente à Assembleia Legislativa a partir das 10h.

“O que nós estamos sentindo é que o governo quer acabar com a carreira pública na área da saúde. A insalubridade que hoje é de 20% do salário de um médico passará para valores fixos de R$ 100,00 R$ 180,00 e R$ 250,00. Além disso, o salário dos médicos será reduzido em 50%”, disse o presidente do Sindmed-RN.

Com a paralisação, o Hospital Onofre Lopes, o Hospital de Pediatria, além da Maternidade Januário Cicco não funcionarão durante toda esta terça-feira. “Não iremos realizar nenhum tipo de consulta, exame ou cirurgia eletiva. Somente casos de urgência serão atendidos”, informou Geraldo.


Hoje, um médico com carga horária de 20h recebe um salário em torno dos R$ 5 mil. Com a medida, o médico passará a receber R$ 2,500 mil. Já o restante do salário irá para a Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada (VPNI). “E vale lembrar que só tem direito ao VPNI os médicos antigos, quem estiver começando agora na saúde pública entra apenas com o salário de R$ 2,500 mil para uma carga horária de 20hrs”, lembrou.

Adesão

A greve dos técnicos de nível superior da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que teve início nessa segunda-feira (11), pode ganhar a adesão dos médicos federais no Estado. De acordo com Geraldo, a paralisação nacional contra a medida provisória do governo federal é de apenas um dia, mas ao final da tarde desta terça-feira (12) a recomendação será para que os médicos também acompanhem a paralisação encabeçada pelo Sindicato dos Técnicos em Educação de Nível Superior (Sintest-RN). “Essa será a recomendação repassada pelo SindMed amanhã. Vamos conversar com a categoria”, adiantou Geraldo.

Fonte: Defato/Cidade News Itaú

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