quinta-feira, maio 03, 2012

'Ele é muito frio', diz delegada sobre suspeito de cometer chacina em GO



“Ele é muito frio, quando descreve os atos que praticou”, é o que diz a delegada-geral de Goiás, Adriana Accorsi, sobre o principal suspeito de ter cometido a chacina em uma fazenda próxima ao município de Doverlândia , no sudoeste de Goiás. Segundo ela, o jovem de 22 anos, que confessou o crime, se mostra bem tranquilo durante os interrogatórios: “Em nenhum momento que ele relata, ele demonstra qualquer preocupação com o sentimento e o sofrimento dessas pessoas. Ele não tem remorso e não mostra arrependimento nenhum”.
A chacina que matou sete pessoas degoladas aconteceu no último sábado (28) e deixou a cidade assustada. A Polícia Civil de Goiás deteve, na quarta-feira (2), um quarto suspeito de envolvimento no crime em um assentamento vizinho à fazenda. Além do suspeito preso na quarta, o rapaz de 22 anos que confessou o crime e outros dois homens também estão detidos.
O homem detido no assentamento chegou à Delegacia de Homicídios de Goiania no início desta noite. Ele viajou de helicóptero junto com o jovem de 22 anos que confessou ter participado do crime. O rapaz havia sido levado a Doverlândia para dar detalhes dos assassinatos aos policiais que investigam o caso.
A equipe de peritos passou o dia na fazenda Nossa Senhora de Aparecida. Eles checaram os dados informados pelo jovem durante o depoimento. A polícia informou ter encontrado na fazenda a bolsa de uma das vítimas. Apesar dos esforços, os investigadores ainda não encontraram a faca usada para degolar as vítimas.

Mais pistas
Dois soldados do Exército, irmão e primo do jovem de 22 anos que confessou o crime, também serão levados para a Delegacia de Homicídios, na capital, para prestar esclarecimentos. A dupla ainda não é considerada suspeita. A delegada-geral de Goiás, Adriana Accorsi, preferiu não especificar o grau de envolvimento que eles teriam com o crime.
Suspeitos
Segundo a delegada Adriana Accorsi, a única participação certa nas execuções até o momento é a do jovem de 22 anos. Ele disse em depoimento que receberia R$ 50 mil pelo crime. O alvo era o dono da propriedade e as outras pessoas acabaram mortas para evitar testemunhas.
O jovem apontou o nome de duas pessoas ligadas à família do fazendeiro. Eles foram retirados do velório das vítimas em Frutal (MG) e, após passar a noite prestando depoimento na delegacia da cidade, foram transferidos para a Delegacia de Homicídios em Goiânia, onde ainda estão presos. Eles negaram a encomenda do crime.

Fonte: G1

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