terça-feira, março 06, 2012

Idema informa que vai fechar curtumes


A coordenadora do setor de fiscalização do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente (IDEMA), Graça Azevedo, disse que ainda nesta semana vai fiscalizar as atividades econômicas que causam prejuízos ambientais na Barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves, na região do Vale do Açu, mostradas pela reportagem do JORNAL DE FATO, na edição de domingo (4). Graça admite que já tinha conhecimento do quadro.
1. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), através de sua Assessoria, informou que a matéria retrata um quadro muito grave e que vai também adotar medidas para retirar as construções ilegais da Área de Preservação Permanente (APP) do reservatório Armando Ribeiro Gonçalves, assim como fez no Açude Itans, em Caicó, semana passada, num trabalho que contou com o apoio da Polícia Federal. O mesmo, conforme a Assessoria, sendo necessário será feito no Vale do Açu.
A coordenadora de fiscalização do Idema disse que o matadouro público de Jucurutu não tinha licença ambiental para funcionar. Informou que vai adotar providências para regularizar a situação. Dificilmente, terá como ficar no local que está, ou seja, nas margens da Barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves. "É preciso ressaltar que antes de chegar para interditar, adotamos todas as medidas possíveis para a estrutura funcionar legalmente", diz.
Foi o que aconteceu nos três curtumes de São Rafael, Graça Azevedo disse que já foram feitas todas as tentativas para os proprietários transferi-los para outras áreas afastadas da APP da Armando Ribeiro Gonçalves, numa estrutura licenciada pelo Idema. "A nossa missão é promover o desenvolvimento econômico e não sair fechando por fechar. Nestes casos dos curtumes (beneficia couro) foram esgotadas todas as tentativas", lamenta Graça Azevedo.
Sobre as construções ilegais nas margens do reservatório em São Rafael e Itajá, como casas restaurantes e bares, o servidor do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS), Geraldo Margela, lotado em Assú, admite que são construções ilegais, em áreas da união. O mesmo com relação às construções de alvenaria (mansões e áreas de lazer) erguidas por empresários de Mossoró em ilhas da Barragem Armando Ribeiro Gonçalves. Para Geraldo Margela, não existe o que se discutir: são construções ilegais em áreas da União. 
O diretor do Dnocs, engenheiro João Guilherme, admite ter conhecimento das ocupações e que no passado chegou a colocar anúncios no rádio pedindo para não ocupar. Diz que tem poucos servidores para fiscalizar as ocupações de toda a área da Armando Ribeiro. Lembra que mesmo com dificuldades por diversas vezes tentou diálogo com os invasores.
O reservatório - A Barragem Armando Ribeiro Gonçalves foi concluída em 1983. Cobre uma área de 62km de extensão com 10km de largura no ponto mais largo. Com capacidade para armazenar até 2,4 bilhões de metros cúbicos de água, a Armando Ribeiro abastece mais de 40 cidades da região e é responsável pela perenização do rio Piranhas/Açu num trecho que existe 30 mil hectares sendo irrigados.

Fonte: Defato

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