quinta-feira, dezembro 01, 2011

RN lidera ranking de óbitos femininos

O Rio Grande do Norte foi o estado brasileiro com maior registro de mortes violentas de mulheres na faixa etária de 15 e 24 anos em 2010. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 54,5% dos óbitos nessa faixa etária no grupo feminino tiveram relação com suicídios, acidentes de trânsito, quedas acidentais, afogamentos e outros sinistros. Em todo o Estado, foram registrados 15.013 falecimentos em 2010, sendo 8.791 do sexo masculino e 6.222 do sexo feminino. 13.329 morreram de forma natural e 1.677 de morte violenta.
Embora o número seja 17% menor do que o de homens, o IBGE revela que as mulheres estão morrendo cada vez mais cedo por causas externas. No grupo masculino, 71,6% das mortes registradas no ano passado foram de forma violenta, repetindo a média percentual das estatísticas anteriores. Nesse quadro, o RN ocupa a segunda posição no Nordeste.
Porque elas 
são maioria
A região Nordeste registrou um crescimento de 13,5% em 2001 para 16,4% em 2010 na proporção de óbitos masculinos por causas violentas. Entre os estados, as maiores proporções foram no Amapá (24,4%) e em Alagoas (23,0%), no caso dos homens, e Mato Grosso (7,3%) e Maranhão (6,4%), para as mulheres. O RN ficou na sétima posição.
De acordo com o IBGE, esse é o fator responsável pela existência de mais mulheres do que homens no Brasil. A pesquisa de Registro Civil-2010 mostra que dos 46.242 nascidos vivos registrados no RN, 23.877 eram homens e 22.365 eram mulheres, confirmando a tendência de que o número de nascimentos é maior no sexo masculino, porém, a sobremortalidade masculina torna posteriormente, a população feminina maior em detrimento da masculina devido às mortes, muitas vezes provocadas por causas externas.

Concentração de óbitos infantis
O IBGE revelou ainda uma concentração de óbitos infantis no Rio Grande do Norte (68,5%). Para piorar, a mortalidade pós-neonatal continua alta, atingindo 31,5%, sendo que, para o Instituto, na maioria dos casos são plenamente evitáveis.
De acordo com Ivanilton Passos, analista do IBGE, a situação da mortalidade infantil na região Nordeste e, especialmente, no RN, mostra que a morte de crianças caiu na última década, porém, ainda apresenta um patamar muito alto, necessitando de resolver problemas de natureza social e econômica, que implicam na mortalidade entre os distintos estratos sociais.

Fonte: Defato

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