terça-feira, dezembro 20, 2022

Macron vira alvo de críticas por comportamento constrangedor na final da Copa do Mundo

Não bastou a frustração da derrota da seleção francesa para a Argentina na final da Copa do Mundo. O presidente Emmanuel Macron concentrou todas as críticas e acabou ridicularizado por seu comportamento no Estádio de Lusail.


O presidente francês, Emmanuel Macron, tenta consolar Mbappé após derrota da França para a Argentina na Copa do Mundo de 2022 — Foto: Natacha Pisarenko/ AP


Ele desceu da tribuna para o gramado, fez discurso no vestiário e tentou consolar os jogadores, sendo praticamente ignorado pelo craque do time, Kylian Mbappé.


Macron foi rapidamente tachado de carreirista, paternalista e oportunista. “Ele tentou lucrar politicamente com a vitória em 2018. E agora ele também está tentando confiscar a derrota", observou o comentarista Matthieu Croissandeau, da emissora BFMTV.

No início da Copa, quando o Catar estava no centro das críticas mundiais e ameaçado de boicote, o presidente francês vaticinou: não se deve misturar esporte e política. No fatídico domingo para a seleção francesa, ele pareceu demonstrar o contrário, ao se utilizar de uma retórica típica de campanha eleitoral no discurso aos jogadores.



“O que esta partida também nos diz é que nunca há um cenário escrito com antecedência, que sempre é possível”, disse Macron, entre palavras motivadoras e o final épico de “Viva a França, viva a república”.


Emmanuel Macron entrega medalha de segundo lugar ao jogador francês Olivier Giroud — Foto: Hannah Mckay/Reuters


Foi difícil perder o presidente francês de vista: ele estava na tribuna, no campo, na entrega de medalhas, no vestiário. Sua onipresença refletia também o isolamento e foi ridicularizada em memes e em comentários. “Pensei que ele fosse o treinador”, observou o ex-jogador Emmanuel Petit também na BFMTV.


“Emmanuel Macron provou por A+B que o esporte é, foi, e será sempre político, sobretudo quando atrai milhões de espectadores. Ao ver Mbappé desta forma, Macron atravessou esta fronteira entre esportistas e políticos para entrar na zona cinzenta da recuperação", avaliou o jornal “Libération”.


O desempenho constrangedor do presidente francês caminhou lado a lado com o desencanto pela derrocada dos bleus.


Fonte: g1

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