quinta-feira, dezembro 29, 2022

Confiança do comércio fica estável em dezembro, aponta FGV-Ibre


O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) ficou estável em dezembro, aos 87,2 pontos, segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV-Ibre). Segundo a instituição, é o menor patamar desde abril (85,9 pontos).


Já na métrica de médias móveis trimestrais, houve queda de 4,9 pontos, o segundo recuo seguido após oito meses consecutivos de resultados positivos.


“A confiança do comércio encerra 2022 em baixa. Depois de registrar forte queda em novembro, o ICOM estabilizou em dezembro em nível relativamente baixo, próximo ao que se observava em fevereiro deste ano”, afirma, em nota, Rodolpho Tobler, economista do FGV-Ibre.


“A estabilidade no mês ocorreu pela piora na percepção de vendas com o momento presente, e uma leve alta nas expectativas, mas que precisa ser relativizada pelo nível baixo que ainda se encontra”, acrescenta.

De acordo com Tobler, “enquanto persistir o período de inflação alta, juros em patamar elevado, consumidores com a renda média baixa e endividamento alto, é difícil imaginar uma volta à trajetória ascendente da confiança dos empresários do setor”.


O Índice de Situação Atual (ISA-COM) recuou 1,0 ponto para 88,7 pontos, menor desde março (87,6 pontos). Já o Índice de Expectativas (IE-COM) avançou 0,9 ponto, para 86,1 pontos, “influenciado pela melhora do indicador que projeta a tendência dos negócios seis meses à frente, que subiu 2,8 pontos para 89,8 pontos”, diz o FGV-Ibre, na nota.



“No entanto, no horizonte de mais curto prazo, as vendas previstas não se mostram otimistas. O indicador recuou 0,9 ponto para 82,8 pontos, o menor patamar desde março de 2021 (68,8 pontos).”

A instituição nota, ainda, que, depois de registrar forte queda em novembro e estabilidade em dezembro, a confiança do comércio encerra o quarto trimestre em queda.


"A piora no trimestre foi mais influenciada por uma acentuada queda do ISA-COM, reforçando o cenário de desaceleração da demanda no setor. Pelo lado das expectativas, também houve queda, mas em ritmo menos intenso. A confiança do comércio encerra 2022 perdendo parte do que foi recuperado ao longo do ano."


Fonte: g1

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