sexta-feira, novembro 25, 2022

HRTM realiza 10ª captação de órgãos para transplante em 2022

O Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) realizou a 10ª captação de órgãos para transplante em 2022. O procedimento ocorreu ontem (22). A equipe responsável pela captação iniciou o trabalho por volta das 9h30 e encerrou por volta das 14h.


Equipe no Hospital Regional Tarcísio Maia


Foram captados e doados fígado, rins e córneas. Os dois primeiros órgãos foram enviados para Recife, capital do estado do Pernambuco, e o último para Natal, capital do Rio Grande do Norte. A doadora é uma paciente de 69 anos que faleceu em decorrência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).


“Nesse ano de 2022 já é a décima captação que o Hospital Tarcísio Maia realiza. O número é considerado satisfatório, mas ainda precisamos de mais doações. A quantidade é inferior à necessidade que temos”, disse a coordenadora da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgão e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), Susana Cantídio.


A doação de órgãos é uma forma de ajudar outras pessoas que estão sofrendo com problemas de saúde que apresentam como solução o transplante. Ela explica a importância do tema ser mais discutido entre as famílias. “Nós precisamos que esse trabalho seja mais divulgado e chegue a mais famílias sobre a importância da doação de órgãos. A doação de órgãos é uma chance para que outras pessoas possam ter a oportunidade de receber um órgão para sobreviver”.


O Tarcísio Maia tem sido destaque nacional neste trabalho, merecendo respeito e credibilidade. Mesmo nesse período de pandemia, o HRTM conseguiu manter as captações, seguindo todas as normas de segurança estabelecidas pelo Ministério da Saúde (MS).


O HRTM desenvolve o trabalho de doação de órgãos por meio da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgão e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT). Ela é composta por uma equipe multidisciplinar, que foi reconstituída no Hospital em julho de 2016. Ao longo desse período, o Tarcísio Maia teve mais de 40 captações de órgãos no Hospital.


“Desde 2016, tivemos já 42 captações de órgãos nesse período e chegando a décima somente nesse ano de 2022. É um trabalho muito importante de toda a nossa equipe que ajuda a salvar vidas. Precisamos que as famílias doem mais para que possamos cada vez mais realizar esse importante trabalho”, frisou Susana.


A doação de órgãos proporciona o prolongamento da expectativa de vida de pessoas que precisam de um transplante, permitindo o restabelecimento da saúde e, por consequência, a retomada das atividades normais. Devido ao número de partes do corpo que podem ser cedidas, cada doador pode salvar oito vidas ou mais.


Para doadores vivos, qualquer pessoa com mais de 18 anos e boas condições de saúde é um potencial doador de órgãos. Para isso, é necessária uma avaliação clínica que verifica se há condições de saúde para suprir a ausência dessa parte do corpo.


Doadores vivos podem ceder um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão, para familiares de até quarto grau. Para não parentes é necessária uma autorização judicial.


Após o óbito, só é permitido doar órgãos de pessoas que tiveram morte encefálica, como foi explicado mais acima. Após uma avaliação das causas do óbito, qualquer tipo de doação pode ser feita. Não é possível escolher quem irá recebê-los e depende da autorização de um familiar.


1º SEMESTRE


Durante o primeiro semestre de 2022, o Rio Grande do Norte teve 27 doações de órgãos registradas no Sistema Nacional de Transplantes (SNT), responsável pela regulamentação, controle e monitoramento do processo doação e transplantes realizados no país.


Deste total, o Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), em Mossoró, respondeu por 11 doações, o que correspondia a 44% do total de procedimentos realizados nos seis primeiros meses do ano.


 


HRTM realiza captação em pacientes com diagnóstico de morte encefálica


A unidade hospitalar localizada na segunda maior cidade potiguar realiza a captação de múltiplos órgãos em pacientes com diagnóstico de Morte Encefálica, após consentimento familiar. O diagnóstico de Morte Encefálica é fundamental no processo de doação de órgãos, tendo em vista que alguns órgãos necessitam ser retirados antes da parada cardíaca para poder viabilizar o transplante. 


A Morte Encefálica significa a parada de todas as funções do cérebro, sendo, portanto, permanente e irreversível. Para que não ocorram dúvidas, o diagnóstico somente é confirmado após a realização do Protocolo de Morte Encefálica, estabelecido por meio de Resolução do Conselho Federal de Medicina, no qual é composto por 3 exames, dos quais, 2 exames clínicos feitos por médicos diferentes, em intervalos de tempo determinados de acordo com a faixa etária do paciente e 1 exame complementar, (no HRTM é realizado um Eletroencefalograma), que confirme a inexistência total de atividade cerebral.


Após a confirmação, a equipe da CIHDOTT realiza uma entrevista familiar, para saber se os seus membros são favoráveis ou não à doação dos órgãos do seu ente querido. A autonomia da família é totalmente respeitada.


Fonte: Defato

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