segunda-feira, novembro 08, 2021

Quadrilha desviou milhões de reais de contas clonadas com ajuda de gerentes de agências bancárias

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Na manhã da última quinta-feira, dia 04 de novembro, a paz de um dos resorts de luxo mais concorridos do país estava prestes a ser quebrada. Eram seis da manhã quando agentes do Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil de Pernambuco invadiram o luxuoso bangalô com diária de 5 mil reais.


Eles prenderam Max William Gonçalves Campos, o Mineiro. Max é acusado de fraudes financeiras, estelionato, falsidade ideológica e formação de quadrilha. Oficialmente, ele não tem emprego, mas na conta bancária guardava quase um milhão de reais.


Enquanto Max era preso em Pernambuco, a mais de 2 mil quilômetros de distância, outros membros da quadrilha também foram acordados pelos agentes da Operação Veritas.


No Rio de Janeiro, a Polícia Civil ficou mais de um ano investigando a quadrilha e descobriu um esquema que, só nos últimos meses, movimentou mais de 13 milhões de reais. Eles desenvolveram uma estrutura sofisticada que envolvia a participação de gerentes de bancos, dois Policiais Militares, um Policial Civil e muita tecnologia.



De acordo com as investigações, tudo era comandado por Eduardo da Costa Pereira, conhecido como Frango ou Edu Miami. Nas redes sociais, ele se apresentava como empresário e investidor. Mas essa não era a origem de tanto dinheiro. De uma sala comercial em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, ele comandava uma verdadeira central de golpes.


Na investigação que levou à prisão de Eduardo esta semana, o que surpreendeu a polícia foi o uso de informações extraídas de bancos de dados da própria polícia.


O esquema funcionava assim: um sargento e um capitão da Polícia Militar acessavam o sistema e identificavam possíveis vítimas para os golpes. E um Policial Civil, também do Rio, buscava dados de pessoas mortas. Os três repassavam as informações para Eduardo. Depois, a quadrilha acionava seus integrantes dentro dos bancos: gerentes que participavam do esquema. Os criminosos usavam cartões de crédito clonados e cheques com assinaturas idênticas às originais.


Eles vão responder por organização criminosa, lavagem de dinheiro e estelionato, entre outros crimes.


Em nota, a Federação Brasileira de Bancos, a Febraban, disse que as instituições estão comprometidas com o aprimoramento constante dos sistemas de segurança das instituições, para garantir a eficiência das operações financeiras cotidianas de milhões de brasileiros. E que os bancos atuam em parceria com forças policiais para auxiliar na identificação e punição de criminosos.


A defesa de Eduardo da Costa Pereira afirma que aguarda o início do processo penal e acesso aos autos para se pronunciar. O Fantástico não conseguiu contato com a defesa de Max William Gonçalves Campos.


Fonte: Fantástico

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