domingo, maio 02, 2021

Ministério da Saúde recebe mais 2 milhões de doses da vacina Oxford/Astrazeneca e completa lote com 3,9 milhões de doses

O Ministério da Saúde recebeu na tarde deste domingo (2) mais 2 milhões de doses da vacina Covishield, desenvolvida pela Universidade de Oxford e o laboratório Astrazeneca, contra a Covid-19.


A carga desembarcou no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, por volta de 16h30 e foi recepcionada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e a representante da Organização Panamericana da Saúde (OPAS) no Brasil, Socorro Gross.


Essas novas doses complementam o lote total de 3,9 milhões que começou a chegar no Brasil na tarde deste sábado (1) e desembarcaram em três voos diferentes em Guarulhos. O lote foi disponibilizado pelo Consórcio Covax Facility, iniciativa liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que tem como objetivo garantir o acesso mais igualitário às vacinas no mundo.


Carga com 2 milhões de doses da vacina de Oxford/Astrazeneca desembarca neste domingo (2) no aeroporto de Guarulhos, em SP — Foto: Divulgação/Receita Federal


As vacinas foram fabricados pela multinacional Catalent, na Coreia do Sul. Essa é a segunda remessa de vacinas que chega ao Brasil via o consórcio Covax. A primeira, de pouco mais de 1 milhão de doses da AstraZeneca/Oxford, foi distribuída a todos os estados e Distrito Federal no mês passado, após desembarque em 23 de março.


“As doses do Covax Facility que são muito importantes para o nosso programa de vacinação. Então, vamos trabalhar muito fortemente para imunizar a população brasileira, toda, até o final do ano de 2021 e assim voltarmos a nossa vida normal", disse Queiroga após o desembarque dos imunizantes.


O ministro afirmou que as doses serão distribuídas imediatamente. "Quando as doses chegam elas são automaticamente distribuídas para estados e municípios conforme a orientação do programa nacional de imunização. Já começam a ser distribuídas no máximo 48 horas elas serão distribuídas para todos os estados do Brasil."


Segundo o governo federal, o contrato do Ministério da Saúde com o consórcio prevê o envio de 42,5 milhões de doses até o fim de 2021. O Brasil é um dos quase 200 países que integram a iniciativa global, criada com o objetivo de fomentar o desenvolvimento e a produção de imunizantes contra a covid-19, permitindo o acesso justo e igualitário às vacinas através das parcerias com os laboratórios.



O desembarque dos produtos está acontecendo no aeroporto de Guarulhos, na Grande SP, por ser perto de onde fica a coordenação de armazenagem e distribuição logística de insumos estratégicos para a saúde (COADI), do Ministério da Saúde. Em seguida, os imunizantes serão distribuídos aos estados e municípios, conforme o Plano Nacional de Imunização (PNI).


Galpão do Ministério da Saúde em Guarulhos, na Grande SP. — Foto: Divulgação/SECOM


Vacina Pfizer/BioNTech

Na noite da quinta-feira (29), o primeiro lote com 1 milhão de doses da vacina da Pfizer/BioNTech também chegou ao centro de distribuição do Ministério da Saúde. O contrato da farmacêutica com o governo federal é de 100 milhões de doses.


O caminhão estava acompanhado de uma forte escolta da Polícia Federal. As doses serão distribuídas entre as capitais do país entre essa sexta-feira (30) e sábado (1º). As 135.750 doses da Pfizer que ficarem na cidade de São Paulo serão utilizadas na vacinação do grupo de 60 a 62 anos, no dia 6 de maio.


O Brasil recebeu esse 1º lote do imunizante com 4 meses de 'atraso'. O montante faz parte da proposta recusada pelo governo em meados de 2020, que previa início das entregas ainda em dezembro 2020, se o país tivesse aceitado a primeira proposta da farmacêutica em meados do ano passado..


Ainda no ano passado, a Pfizer disse ter desenvolvido uma embalagem especial com temperatura controlada que utiliza gelo seco para manter a condição de armazenamento recomendada.


Caminhão que fez o transporte da vacina da Pfizer de Campinas (SP) até o centro de distribuição do governo federal em Guarulhos (SP) — Foto: Vanderlei Duarte/EPTV


Ao chegarem às salas de vacinação, as doses serão mantidas a uma temperatura que varia entre 2°C e 8°C, e precisam ser aplicadas na população em um período de até cinco dias.


A carga chegou ao Brasil em uma aeronave que pousou no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), às 19h22 desta quinta-feira (29). O desembarque e entrega do primeiro lote de um contrato para 100 milhões de doses feito pelo governo federal e foi acompanhado pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.



A cerimônia para entrega do imunizante que foi alvo de recusa e polêmicas dentro do governo federal ocorre no dia em que o Brasil atingiu 400 mil vidas perdidas para a Covid.


Histórico

A vacina da Pfizer/BioNTech foi alvo de recusa e polêmicas dentro do governo federal. Ainda no ano passado, três ofertas formais para venda de 70 milhões de doses foram feitas pela empresa e ficaram sem resposta do Ministério da Saúde.


Também em dezembro, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, descartou a compra da vacina por causa da exigência de armazenamento em baixas temperaturas.


A vacina foi a primeira a obter registro sanitário definitivo pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em fevereiro deste ano. No entanto é a terceira a ficar disponível no país.


A atual remessa faz parte do acordo firmado entre o Ministério da Saúde e a farmacêutica em 19 de março. A previsão é que as 100 milhões de doses de vacinas sejam recebidas até o final do terceiro trimestre de 2021.


O imunizante pode ser aplicado em pessoas a partir de 16 anos de idade, em duas doses, com intervalo de 21 dias entre elas.


Fonte: G1

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